Novo diretor-executivo do Incor fala sobre as metas previstas para 2022
“A piora do estado de saúde da população reflete para nós com uma demanda maior de procedimentos de alta complexidade", diz o médico Fábio Kawamura
Novo diretor-executivo do Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da USP (Incor), Fábio Kawamura, 42, assumiu a cadeira há duas semanas. A UTI com ocupação acima dos 90%, no entanto, lhe é familiar: no início da pandemia gerenciava a unidade Pompeia do São Camilo. Hoje no alto escalão, o paulista de Araçatuba tem saudade do convés do barco. Durante um ano, atendeu populações ribeirinhas e indígenas na Amazônia, como médico da Marinha, em 2005. “De vez em quando eu sonho com o cheiro do navio.”
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Na parte administrativa do Incor, que tem 3702 funcionários, o desafio é manter as engrenagens rodando. “O Incor não é apenas um hospital de altíssima complexidade, somos também um centro de conhecimento”, explica ele sobre o hospital universitário. Para 2022, as metas são claras: ampliar a tele-UTI, consultoria on-line que a instituição fornece às ocorrências críticas em hospitais de todo o país, e aumentar o atendimento dos casos graves nas especialidades, o coração e o pulmão. “A piora do estado de saúde da população, por falta de check-up, reflete para nós com uma demanda maior de procedimentos de alta complexidade.” Cuide-se, leitor.
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Publicado em VEJA São Paulo de 26 de janeiro de 2022, edição nº 2773