“Não é nosso papel crucificar ninguém”, diz Monica Iozzi
Atriz falou sobre caso de assédio na Globo, envolvendo José Mayer, em coletiva de nova série
Protagonista da próxima minissérie da Rede Globo, Vade Retro, a atriz Monica Iozzi participou nesta quinta (6) da coletiva de imprensa que marcou o lançamento da comédia. Ela interpretará a advogada Celeste, malsucedida nos negócios e no amor. Foi uma das poucas do elenco a comentar sobre o recente caso de assédio sexual ocorrido dentro da emissora onde é contratada.
“Estamos vivendo a primavera das mulheres. O episódio saindo de dentro de uma empresa do tamanho da Globo serve como primeiro passo para uma grande luta”, afirmou.
Questionada sobre a adesão ao movimento #MexeuComUmaMexeuComTodas, que apoia a figurinista Susllem Tonani (ela fez um relato no último dia 31, acusando o ator José Mayer de abuso sexual), Monica argumentou que a ideia partiu das funcionárias.
“As produtoras, as figurinistas e todo o pessoal de produção veio nos procurar. A ideia não partiu das atrizes, mas aderimos sem pestanejar. Já que é um tema que está mexendo com tanta gente, por que não? Não estamos falando especificamente do caso do Zé e da Su. Estamos falando de tudo, de todas”, contou.
Em referência ao comportamento de Mayer, Monica afirmou: “Não é nosso papel crucificar ninguém. Nós, mulheres, temos que nos unir. Quando você encontra uma mulher que tem a coragem de se expor perante um caso de assédio, temos que levar isso adiante e não deixar a peteca cair. A coragem dela fez uma mobilização gigantesca”.
E a emissora interferiu em algo? “Trabalho em uma empresa que me dá liberdade total de falar. A Globo proporcionou um espaço imenso para que a gente pudesse se posicionar sobre nossas ideias, sem crucificar ninguém”, garantiu.