Memes, paquera e punk rock: um papo sem filtros com Vera Fischer
Aos 73 anos, atriz fala sobre sexo na terceira idade, memes que a consagraram na internet, boatos improváveis e sua maior extravagância

Vera Fischer retorna aos palcos em São Paulo nesta sexta (22), no Teatro Liberdade, com O Casal Mais Sexy da América, comédia romântica sobre o reencontro de dois atores veteranos. Aos 73 anos, sua própria jornada conversa com os temas do espetáculo, que aborda sexo na terceira idade e etarismo.
“A partir dos 60, comecei a sentir a dificuldade de me chamarem para fazer novelas e séries. Na televisão é mais difícil porque querem a juventude, mesmo que não tenha experiência e que os autores e diretores não sejam tão gabaritados como eram nos anos 2000”, opina.
Qual é a parte mais inconveniente de envelhecer?
Ter dor física é muito ruim. Já me mandaram operar esses joelhos e o quadril mil vezes, mas não vou, faço fisioterapia, porque se operar vou ficar parada e não suporto. E não faço nenhum procedimento no meu rosto, me trato com meu dermatologista, que faz massagens, mas nada invasivo. Eu respeito cada década.
Quais são seus lazeres hoje?
Hoje gosto de ficar sozinha na minha casa, tenho dois gatos que me fazem companhia e poucos amigos, mas maravilhosos. E acho que estou muito mais tranquila e em paz.

Sabia que existe uma banda com seu nome, a Vera Fischer Era Clubber?
Soube disso dois meses atrás, eles se apresentaram no teatro do meu companheiro de trabalho, Leonardo Franco (com quem contracena no novo espetáculo). E ele me falou “Eles são loucos apaixonados por você, pegaram seu nome porque queriam que você fosse ao show”. Um dia eu vou, é que agora estou sem tempo, viajando toda semana.
Qual é sua maior extravagância?
Tomar banho de banheira. Quando dá, porque na minha casa não tem, mas nos hotéis, sim. Às vezes chego do teatro cansadíssima, boto aqueles sais e fico até esfriar a água.
Qual é o seu meme favorito de si mesma?
Tem dois bem famosos da novela de Manoel Carlos (Laços de Família), um que a Helena desmarca os compromissos toda hora (risos). E o outro é “Cafezinho, dona Helena?”, porque toda hora me ofereciam café na novela.
Uma das manchetes mais famosas sobre você, em 2003, dizia “Vera Fischer: por que ela está tão calma?”. Como você está hoje?
(Risos) A mesma coisa! Na época eu era muito frenética, né? Por isso a pergunta.

Qual é o boato mais bizarro que já ouviu sobre você?
“Ah, ela casou com um bilionário.” Onde isso? Eu só gosto de homem pobre (risos).
Está com algum crush hoje ou prefere ficar sozinha?
Ah, não, eu tenho minhas manias, gosto de ficar em casa, rir com meus amigos. E, olha, a mulher saudável hoje se resolve sozinha, viu, querido? Agora, não vou mentir, gosto de um flerte. Mas não passa disso. Se chegar perto e chamar para jantar, não vou (risos)!