Medalhista de ouro do vôlei é assaltado na Avenida Ibirapuera, em Moema
Por Adriana Farias O levantador da seleção brasileira de vôlei, William Arjona, de 37 anos, foi assaltado na noite de sexta-feira (26) junto com a família, quando saíam para jantar na região de Moema, na Zona Sul. O crime aconteceu por volta das 19h30. O jogador estava dirigindo uma BMW cinza, quando parou no trânsito […]
Por Adriana Farias
O levantador da seleção brasileira de vôlei, William Arjona, de 37 anos, foi assaltado na noite de sexta-feira (26) junto com a família, quando saíam para jantar na região de Moema, na Zona Sul.
O crime aconteceu por volta das 19h30. O jogador estava dirigindo uma BMW cinza, quando parou no trânsito da Avenida Ibirapuera, próximo à 23 de Maio, e foi abordado por um assaltante. A sogra Sônia de Almeida estava sentada ao lado de William, e a esposa, Bruna Franco, no banco de trás junto com os filhos de três e um ano de idade.
“Pedi que ficasse calmo, que iríamos entregar tudo o que ele pedisse, e que não fizesse nada porque toda a minha família estava ali”, disse William, que não foi reconhecido pelo ladrão. O bandido levou dois celulares e um relógio. Ninguém ficou ferido. A família registrou um boletim de ocorrência pela internet. Confira abaixo o depoimento completo dado a VEJA SÃO PAULO.
“O vidro da janela da minha sogra estava um pouco aberto e foi aí que o assaltante enfiou o revólver e anunciou o assalto. Ele chegou alterado, gritou pedindo nossos celulares e relógios. Foi traumático, pois nunca havia sido assaltado em São Paulo, cidade onde nasci (William mora há sete anos em Belo Horizonte e joga pelo Cruzeiro). Ele aparentava ter uns 20 anos de idade e usava um moletom não sei se vermelho ou laranja. Eu fiquei assustado, mas tentei manter a calma. Falei para ele também ficar calmo, que eu iria abrir um pouco mais o vidro e que entregaria tudo o que ele pedisse, pois toda a minha família estava naquele carro. As crianças choravam muito no banco de trás e minha mulher ficou tentando acalmá-las. A ação durou minutos. O cara levou meu celular Samsung e o da minha sogra, que era um iPhone 5, além do relógio dela. O mais triste é que esse aparelho era um que eu tinha ganhado só para registrar as imagens dos Jogos Olímpicos. Todas as fotos estavam nele, mas vou tentar recuperar as imagens com a operadora. O meu cunhado estava no carro de trás e, ao ver tudo, começou a buzinar, tentando assustar o ladrão. Ainda bem que ele não se assustou com isso, pois poderia ter disparado um tiro. São Paulo hoje está muito perigosa e você não sabe o que pode acontecer. Ainda bem que ninguém se machucou.”
PÓS-OLIMPÍADAS
Com o fim dos Jogos Olímpicos, William retornará a Belo Horizonte para jogar pelo Cruzeiro. Durante a Rio-2016, ele recebeu um convite do técnico da seleção dos Estados Unidos, Jack Speraw, para atuar como caça-talentos na Califórnia. Seu papel seria o de descobrir novos levantadores, já que a maioria dos atletas sai das universidades. “Eu já tinha recebido esse convite em 2013, mas recusei naquela época e agora”, disse. “Estou no ápice da carreira e quero ir para as Olimpíadas de Tóquio. De qualquer maneira, deixei as portas abertas; quem sabe trabalho com isso no futuro.”