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Notas exclusivas sobre artistas, políticos, atletas, modelos, empresários e pessoas que são destaque na cidade. Por Humberto Abdo (humberto.abdo@abril.com.br).

“Me escondi por décadas para ser aceito”, diz Leo Miggiorin

Em cartaz com Bruta Flor, peça sobre homofobia e violência, ator relembra pressões para esconder a sexualidade e episódio de agressão

Por Humberto Abdo
9 ago 2025, 10h00
Homem loiro de frente para a câmera com camiseta preta
Leonardo Miggiorin (Kim Leekyung/Divulgação)
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Duas paixões ditam a rotina atual de Leonardo Miggiorin: teatro e psicologia. A partir deste mês, ele promove uma nova turma de teatro terapêutico (com dinâmicas usando a abordagem do psicodrama) e também estreia em Bruta Flor, no Teatro Núcleo Experimental, a partir de sábado (9).

Com um triângulo amoroso em cena, o espetáculo é dirigido por Marcio Rosario e aborda temas como homofobia, identidade de gênero e violência nos relacionamentos. “Me sinto muito bem em vestir esse papel de representante da comunidade LGBT+, algo que também atravessa a minha vida pessoal”, declara.

Trabalhar com esses temas evocou alguma memória?

Sem dúvidas surgem histórias de relacionamentos abusivos pelos quais já passei e situações de infância e adolescência. Uma vez, aos 15 anos, levei um soco na cabeça por fazer parte do curso de teatro. Nunca quis olhar muito para o preconceito porque não queria que fosse verdade.

Em alguma ocasião você sentiu a cobrança velada de não assumir sua sexualidade para conseguir mais papéis?

Velada não, explícita. Orientado por diretores e empresários, desde Flora Encantada (novela de 1999). E isso na cabeça de uma pessoa com 16 anos, saída do interior. Meu maior pânico era esse: eu não posso revelar quem realmente sou. Foi um sacrifício muito grande que fiz por décadas para ser aceito. Eu deixei de ir ao show do Ricky Martin, meu ídolo, porque as pessoas iam dizer que eu era gay.

Essa cultura ainda existe no setor artístico?

Existe uma ideia de que hoje todo mundo pode se assumir, mas cadê os papéis? Cadê os atores na TV? Cadê os caras assumidos trabalhando em grandes papéis? Eu não tô vendo, não. Então, acho que o preconceito existe de forma velada no mundo artístico e de forma explícita na vida real.

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Qual foi o ponto de virada que fez você querer se assumir?

Foi quando me percebi com 40 anos escondendo meu relacionamento, fora das novelas… Eu vivia esperando um contrato, me preservando, com medo de ser ridicularizado. Chegou a um ponto em que falei “não quero mais mentir, me esconder”. Foi uma atitude pessoal, não estrategicamente profissional, de falar “chega desse teatro que não está me fazendo feliz”.

E o show do Ricky Martin, conseguiu ir depois disso?

Ai, tô louco para ele voltar aqui, gente! Como é que eu faço? Me fala qual é a próxima turnê que eu vou estar lá no gargarejo (risos).

Homem loiro de frente para a câmera com camiseta preta
Leonardo Miggiorin (Kim Leekyung/Divulgação)
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Publicado em VEJA São Paulo de 8 de agosto de 2025, edição nº 2956

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