Jornalista processa Sérgio Camargo após ser xingado e bloqueado no Twitter
Fundador de portal sobre questões raciais foi chamado de "segregacionista, antibranco e defensor de bandidos" por presidente da Fundação Palmares
Fundador do Alma Preta, Pedro Borges, 28, entrou com duas ações na Justiça contra Sérgio Camargo, presidente da Fundação Palmares. Após bloqueá-lo no Twitter, Camargo definiu o jornalista como “vitimista, segregacionista, antibranco, defende bandidos e cultua Marielle (Franco)”. “Temos feito investigações sobre a fundação, esse ataque não foi de graça”, pondera Borges. Criado em 2015, o portal sobre questões raciais cobre o trabalho da instituição e seu dirigente, cujas afirmações costumam causar controvérsias. “Nunca faríamos um ataque pessoal como ele fez. Ele representa um órgão público e é nosso papel como imprensa acompanhar.” Segundo Borges, a fundação sempre ignora pedidos de resposta do site. “Como é que depois vão reclamar sobre determinada posição se nunca prestam esclarecimentos?”, questiona. Até o fechamento da edição, a fundação também não havia respondido à Vejinha.
Vejam o tipo que me seguia. Fundador do portal racialista "Alma Preta", ou seja, vitimista, segregacionista, anti-branco, defende bandidos e cultua Marielle.🤦♂️
– Minha alma não tem cor! A de ninguém tem. Levou block! pic.twitter.com/PaaH8lST0P— Sérgio Camargo (@sergiodireita1) May 8, 2020
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Publicado em VEJA SÃO PAULO de 9 de setembro de 2020, edição nº 2703.