Sócio de Donald Trump ergue prédio de luxo em São Paulo
Jorge Pérez investe 150 milhões de reais em São Paulo
Quem passa pela Rua Eusébio Matoso, nas imediações do Shopping Eldorado, deve ter se deparado com o VHouse. Trata-se de um dos edifícios mais luxuosos da capital, agora em fase de finalização. Previsto para terminar em agosto de 2017, o empreendimento tem um conceito chamado “residencial-boutique”. O que isso significa? A área comum terá cara de galeria de arte, com obras de artista como Flavio Samelo, Ricardo Alcaide e Tulio Pinto; um chef fará a comida dos condôminos quando requisitado, seja para uma pessoa ou mais convidados; serviços de hotel como camareira. As unidades variam de 36 a 197 metros quadrados, com preços que vão de 850 000 a 4,5 milhões de reais.
O edifício recebeu um investimento de 150 milhões de reais e já vendeu cerca de 60% de seus 303 apartamentos “Em vez de receber seus convidados no apartamento, que tal ter um chef a sua disposição para atendê-lo em outra área do prédio?”, questiona Jorge Pérez, o homem por trás do empreendimento. Ele é filho de cubanos nascido na Argentina. Com fortuna avaliada em quase 2,8 bilhões de dólares de acordo com a Forbes, o empresário de 67 anos ficou conhecido como o “Trump dos Trópicos” nos Estados Unidos ao construir uma série de prédios de luxo, especialmente em Miami. Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, é seu sócio em quatro de seus prédios, no estado da Flórida.
Você e Donald Trump eram amigos. Como está essa relação hoje? Nós continuamos muito amigos, por mais de vinte anos agora. Nós só estamos em lados opostos na política.
O senhor discorda dele em quais aspectos? Ele está muito conservador. Não apenas nas questões de imigração, com a construção do muro o que eu sou totalmente contra, mas também em relação aos cortes de orçamento. Eu espero que ele escute o que tenho escrito a ele por e-mail. Ele é de Nova York, um homem de negócios, e nova-iorquinos costumam ser bem mais liberais que o resto do país.
Trump pediu para o senhor participar do governo dele? Sim, ele me convidou para o departamento de moradia e desenvolvimento urbano, no departamento de relações com a América Latina. Teria, assim, ligação com a construção do muro… Eu disse “não, não estou interessado”.