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Consumo

H&M: “Um dos momentos mais inspiradores da minha carreira”, diz diretor

Executivo fala em ‘história de amor duradoura’ com o país e destaca mistura de estilos, engajamento digital e planos de colaboração com designers locais

Por Humberto Abdo
Atualizado em 20 ago 2025, 15h05 - Publicado em 20 ago 2025, 12h18

A H&M abre neste sábado (16) sua primeira loja no Brasil, no Shopping Iguatemi São Paulo, acompanhada do lançamento simultâneo do e-commerce. Para Jörgen Andersson, diretor criativo da marca sueca, a chegada representa “um dos momentos mais inspiradores” de sua carreira.

“Tenho a sensação de que o Brasil é quase como um melting pot, um lugar onde tantas culturas se misturam. Isso conecta diretamente com a nossa filosofia: a H&M não é sobre um estilo único, mas sobre vários estilos que permitem a autoexpressão”, disse em entrevista à coluna.

O executivo ressalta que a energia local também serve de influência criativa. “A música, o futebol, o jeito de se relacionar com a moda, a vibração daqui… tudo isso inspira. Nossa proposta é oferecer as ferramentas e o consumidor cria a sua própria moda. É como a música: damos as faixas e você faz sua batida.”

Sobre os desafios de entrar em um mercado novo, Andersson afirma que a complexidade do Brasil é também sua maior riqueza. “Passamos muito tempo entendendo o consumidor brasileiro. É um público extremamente engajado nas redes sociais, de uma maneira que não vi em outros países. E o modo de misturar estilos, de ser eclético, reflete muito o que acreditamos como marca.”

Questionado sobre possíveis colaborações, ele sinaliza o interesse em trabalhar com estilistas locais. “Já conhecemos nomes brasileiros e mantemos conversas. A H&M é uma empresa curiosa e, certamente, o mercado daqui abre oportunidades interessantes para colaborações futuras.”

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Na visão do criativo, sustentabilidade e acessibilidade continuam centrais na estratégia. “Se não conseguimos manter nossos produtos acessíveis, não estamos sendo fiéis ao que somos. Ao mesmo tempo, não se trata apenas do que fazemos, mas de como fazemos. É uma preocupação que atravessa toda a companhia”, declarou, mencionando o trabalho do H&M Foundation na busca de novas fibras e métodos de produção.

Andersson compara a loja a uma galeria de arte: “O espaço é o pano de fundo. As peças são a obra. Queremos que o público se inspire.”

Sobre as expectativas no Brasil: “Espero que este seja o início de uma longa história de amor. Nosso papel é inspirar, divertir e mal posso esperar para ver a reação do público no sábado.”