A favor de volta às aulas, grupo de mães processa prefeitura e estado
Fazem parte do Movimento Aulas Abertas famílias de colégios como Avenues, Miguel de Cervantes, Porto Seguro, Santa Cruz, Gracinha, Mobile e Dante
A favor da retomada gradual das atividades escolares em São Paulo, um grupo criado por pais e mães paulistanos decidiu abrir ação judicial contra a prefeitura e o governo do estado. “Resolvemos nos unir como sociedade ao ver com indignação as constantes trocas de data para a reabertura”, resume Isabel Quintella, uma das porta-vozes do Movimento Escolas Abertas.
Com cerca de 20 autoras no processo e mais de 36 000 assinaturas colhidas em um manifesto, a iniciativa é composta por mães de escolas públicas e particulares, segundo Isabel — uma nota publicada pelo Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino no Estado de São Paulo, no entanto, indica que o grupo responsável pela ideia é de famílias de alunos de colégios de elite na cidade, como Avenues, Miguel de Cervantes, Porto Seguro, Chapel School, Santa Cruz, Gracinha, Pentágono, Mobile e Dante.
“Estamos questionando o que tem sido feito pelas escolas, pois achamos que não foi muito, já que é mais fácil deixar todas elas fechadas enquanto bares e restaurantes seguem abertos”, aponta Isabel. Em nota, a prefeitura esclarece que a autorização para o retorno presencial depende da autoridade de saúde pública. “Estão autorizadas aulas extracurriculares para o ensino infantil e o fundamental e aulas regulares para o ensino médio, seguindo o Protocolo de Volta às Aulas e o Plano São Paulo.”
Publicado em VEJA São Paulo de 13 de janeiro de 2021, edição nº 2720.