Fotógrafa exibe rotina com povoado de Moçambique em mostra inédita
Filha da galerista Andrea Rehder, Alessandra Rehder largou carreira de modelo e vive em pequena comunidade africana há mais de um ano
Em uma família composta por cinco engenheiros, Alessandra Rehder, 33, escolheu caminhos opostos desde cedo: depois de trabalhar como modelo em Paris, largou tudo para investir em trabalhos voluntários mundo afora.
“Fui morar na Indonésia por um mês e acabei ficando um ano”, relembra.
Após vários períodos de imersão em cidades asiáticas, ela passou pela Etiópia, na África, e hoje vive em Murrebue, pequena comunidade de Moçambique — e a rotina ao lado dos moradores, trabalho que ela chama de “mergulho”, rendeu uma série de fotografias e instalações expostas até 12 de maio na Biblioteca Brasiliana Guita e José Mindlin, da USP.
“Tanta gente faz aquelas visitas rápidas de quinze dias e vai embora, mas no meu caso, a essa altura, não tem uma pessoa que eu não conheça por lá.”
Além de criar um projeto de permacultura e planejar um “centrinho” cultural no local, a fotógrafa ainda pretende criar um livro a partir da mostra e reverter os lucros para o povoado.
“Toda essa experiência me fez querer ir embora de São Paulo correndo”, brinca. “Mas de verdade me ajudou a pensar no mundo no qual quero que meus filhos cresçam, com menos consumismo e mais contato com a natureza.”
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