Filho de Félix não vê necessidade de beijo gay
Os atores sabem de suas cenas sem muita antecedência, as últimas gravações serão feitas 48 horas antes do capítulo final ir ao ar e muitas surpresas devem ocorrer. Gaúcho radicado em São Paulo desde 2009, Thalles Cabral, 19 anos, “o filho do Félix” da novela Amor à Vida, fala da reta final do folhetim, que ontem atingiu […]
Os atores sabem de suas cenas sem muita antecedência, as últimas gravações serão feitas 48 horas antes do capítulo final ir ao ar e muitas surpresas devem ocorrer. Gaúcho radicado em São Paulo desde 2009, Thalles Cabral, 19 anos, “o filho do Félix” da novela Amor à Vida, fala da reta final do folhetim, que ontem atingiu pico de 50 pontos de audiência. O rapaz conta também sobre a estreia de sua turnê como cantor:
Os atores ainda estão em estúdio em gravações?
Sim. Estamos gravando muitos casamentos. Temos cenas agendadas para amanhã [quarta, 29], dois dias antes do final. Muitas delas são secretas. Estamos recebendo os capítulos com partes faltando. Isso instiga a curiosidade dos atores. Vamos viver as mesmas surpresas dos espectadores.
Você é a favor do beijo gay entre Félix (Mateus Solano) e Niko (Thiago Fragoso)?
Não sei. É como o Mateus falou uma vez: os personagens conseguiram cruzar a linha e mostrar tanta coisa legal sobre o casal… Os dois são carismáticos e as pessoas torcem por eles. Isso é uma vitória. O beijo é uma questão tão pequena e não tem tanta importância diante do que eles já fizeram.
Como encararia se o seu pai se assumisse gay?
Acho difícil responder e não sei como agiria. Seria bobo da minha parte criar um discurso para isso, as pessoas criam discursos o tempo inteiro. Me surpreendi com o meu personagem. Ele é maduro, pra frente.
Como foi estrear em uma novela das nove logo no núcleo central?
Foi como saltar de um avião. No início você fica tenso, nas primeiras falas eu sentia aquela adrenalina vivida nos dez segundos de queda livre. Mas depois você abre o paraquedas e começa a curtir e apreciar a paisagem – no caso, o elenco incrível ao meu lado. Aprendi muito com atores como o Mateus, só de assistir uma cena.
Como foi escalado para a novela?
Fiz um teste no final de 2012, que durou três etapas, para participar de uma produção da Globo. Mas não sabia qual seria a novela nem em qual horário iria ser exibida. Só depois descobri que seria a novela do Walcyr Carrasco. Fiquei muito feliz.
Há quem veja semelhanças físicas entre você e Mateus Solano. Concorda com isso?
Pessoalmente, acho que não. Mas vejo algumas cenas e consigo reconhecer que o cabelo e o tom branquinho da pele são parecidos.
Você vai se dedicar à carreira de cantor após o fim da novela?
Toco violão desde 2005 e, em 2010, comecei a escrever músicas. Por enquanto, minhas composições são todas em inglês. Mas meu repertório tem músicas dos Beatles, do Criolo e da Elis Regina. Durante as gravações da novela, ensaiava pelo menos uma vez por semana. Fiz uma apresentação em São Paulo em que apareceram alguns colegas do elenco, como o Marcelo Schmidt. A Paolla Oliveira foi a primeira a saber que eu também sou cantor, e me deu o maior apoio. Nos dias 19 e 23 de fevereiro, farei shows no Na Mata Café, no Itaim. E tenho outros agendados para o Rio de Janeiro e Paraná.