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Terraço Paulistano

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Notas exclusivas sobre artistas, políticos, atletas, modelos, empresários e pessoas de outras áreas que são destaque na cidade. Por Humberto Abdo.
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Conheça a história de cinco das principais drag queens da cena paulistana

Símbolo de orgulho e montação, algumas já apareceram em novelas e estão fazendo sucesso com músicas próprias

Por Juliene Moretti Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 23 ago 2019, 15h32 - Publicado em 23 ago 2019, 06h00
Silvetty Montilla, Lia Clark, Gloria Groove, Miss Biá e Aretuza Lovi (da esq. para a dir.) (João Bertholini / Agradecimento: Blue Space/Veja SP)
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Notáveis por suas músicas, participações em novelas ou por suas performances, elas mostram como a vida de drag queen ajudou a superar medos e a enfrentar os preconceitos. Confira:

Silvetty Montilla
“Foi um momento emocionante, eles viram como as pessoas gostam de mim.” (Divulgação/Divulgação)

1. SILVETTY MONTILLA

A veterana, 52, encarou o microfone pela primeira vez quando substituiu outra drag queen ausente. “Não sabia lidar com o volume da voz e fui bastante xingada.” Era fim dos anos 80 e, ali, aprendeu a retrucar e improvisar. O “deboche” virou marca registrada. Um dos principais nomes da cena, Silvio Bernardo trabalhou como assistente concursado no Ministério Público até assumir de vez a veia artística. Apenas dois anos atrás, seus parentes assistiram a um show seu, bastante marcado pelo humor. “Foi um momento emocionante, eles viram como as pessoas gostam de mim.”

Lia Clark
“Foi muita liberdade: com a Lia, eu me sinto imbatível” (MAICON DOUGLAS/Divulgação)

2. LIA CLARK

Estudante de engenharia e trabalhando com um despachante aduaneiro em Santos, Rhael de Oliveira, 27, se desdobrava para manter o emprego e encarar Lia Clark, drag com foco no funk que subia e descia nos palcos de baladas paulistanas, por quase dois anos. “Sempre fui medroso na questão financeira, comecei a trabalhar aos 14 anos para não ficar sem dinheiro.” Mesmo com a música Trava Trava fazendo sucesso nas pistas em 2016, ele levou um tempo até pedir demissão do emprego, digamos, formal. “Foi muita liberdade: com a Lia, eu me sinto imbatível”, comemora.

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Gloria Groove
“Depois de ter vivido tantas coisas, ser drag é o que mais me deu a sensação de pertencimento.” (Divulgação/Divulgação)

3. GLORIA GROOVE

Artista desde criança, Daniel Garcia, 24, integrou uma formação dos anos 2000 do Balão Mágico, participou de dupla gospel e enveredou pelo rap. “Gloria Groove surgiu quando me montei para ir a uma festa. Eu me senti plena e reconheci minha feminilidade”, conta ela, hoje estouro na música, com faixas como Coisa Boa. “Depois de ter vivido tantas coisas, ser drag é o que mais me deu a sensação de pertencimento.” Por isso, Gloria é uma das que mais levantam a bandeira LGBTQI+. “Me dá tesão e força lutar contra a homofobia.”

Miss Biá
“Ficava, e ainda fico, muito bonita, e nunca me faltou trabalho.” (Divulgação/Divulgação)
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4. MISS BIÁ

Começou na arte do transformismo no início da década de 60 e não parou mais. “Ficava, e ainda fico, muito bonita, e nunca me faltou trabalho.” Nascido no Brás, Eduardo Alba Rella, 80 anos, foi office boy, estilista e maquiador — chegou a enfeitar Hebe Camargo. Mesmo na época da ditadura, seguiu firme, com até cinco shows por noite. “Vez ou outra, precisávamos mostrar o que ia ser apresentado”, conta ele, e alfineta: parte das drags de hoje está mais preocupada com a fama do que em aprender a arte.

Aretuza Lovi
“Bani a palavra medo do vocabulário por ele: há preconceito, mas estamos na luta para sobreviver.” (PRIX CHEMICAL/Divulgação)

5. ARETUZA LOVI

A drag queen surgiu de vez em Brasília há pouco mais de sete anos, após Bruno Nascimento, 29, hoje radicado em São Paulo, perder uma aposta. “Meus amigos me desafiaram a ir a uma balada como Aretuza”, lembra o artista, dono de hits como Joga Bunda. Com uma infância complicada, marcada por humilhações e depressão, ele viu na personagem uma forma de superação. “Estava no buraco e me apaixonei”, diz. Na mesma época, decidiu adotar o filho de uma amiga, Noah, 5. “Bani a palavra medo do vocabulário por ele: há preconceito, mas estamos na luta para sobreviver.”

Publicado em VEJA SÃO PAULO de 28 de agosto de 2019, edição nº 2649.

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