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Em Terapia

Por Arnaldo Cheixas Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
Terapeuta analítico-comportamental e mestre em Neurociências e Comportamento pela USP, Cheixas propõe usar a psicologia na abordagem de temas relevantes sobre a vida na metrópole.
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Explosões de agressividade podem ser um quadro de Síndrome de Hulk

Pessoas que com frequência apresentam explosões de raiva e agressividade podem sofrer de um transtorno mental chamado de Transtorno Explosivo Intermitente, popularmente conhecido como Síndrome de Hulk, em alusão à personagem épica do estúdio Marvel. Como resultado de um experimento científico no qual foi exposto a um tipo de radiação, o pacato cientista (Dr. Banner), […]

Por VEJASP
Atualizado em 26 fev 2017, 14h49 - Publicado em 8 set 2015, 17h22
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Pessoas que com frequência apresentam explosões de raiva e agressividade podem sofrer de um transtorno mental chamado de Transtorno Explosivo Intermitente, popularmente conhecido como Síndrome de Hulk, em alusão à personagem épica do estúdio Marvel. Como resultado de um experimento científico no qual foi exposto a um tipo de radiação, o pacato cientista (Dr. Banner), quando é submetido a algum tipo de stress ou pressão, transforma-se no Incrível Hulk, um humanóide forte e agressivo com alto poder destruidor.

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As explosões de agressividade do Transtorno Explosivo Intermitente ocorrem em média duas vezes por semana num período de três meses. Tais agressões (verbais ou físicas) podem ser dirigidas a pessoas, animais, objetos ou propriedades e, de modo geral, não representam dano ou lesão para o alvo. Quando isso acontece, basta a ocorrência de três episódios de agressividade no período de um ano para estabelecer o diagnóstico.

Além da frequência, outra característica do transtorno é o fato que a magnitude da agressividade expressa durante as explosões é completamente desproporcional ao fator que funcionou como gatilho para a reação.

As explosões não são premeditadas no Transtorno Explosivo Intermitente e, portanto, não estão vinculadas ao alcance de um objetivo; são totalmente impulsivas.

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A ocorrência das crises normalmente gera sentimentos de culpa porque, mesmo que a pessoa avalie ter razão no conflito, sabe que a intensidade de sua reação foi desproporcional. Com a recorrência das explosões, o indivíduo passa a ter prejuízos nos relacionamentos com outros (isolamento social), no trabalho (é comum a perda do emprego) e mesmo prejuízos financeiros em decorrência da eventual destruição de objetos.

Cerca de 3% da população apresenta o transtorno. Ele é mais comum entre homens e indivíduos com menos de 40 anos de idade. É raríssimo que um episódio de explosão surja pela primeira vez na idade adulta.

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Pacientes com Transtorno Explosivo Intermitente normalmente apresentam também algum outro transtorno mental, como ansiedade, depressão ou problemas gerados por uso de substância química.

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Pessoas que passaram por experiências traumáticas, físicas ou emocionais, têm maior probabilidade de desenvolver a patologia. Alguns estudos também indicam uma propensão genética para o desenvolvimento do quadro, o que significa que os acessos de agressividade possuem causa multifatorial, envolvendo hereditariedade e história de vida.

O tratamento consiste na combinação de estratégias medicamentosas (estabilizadores do humor e/ou antidepressivos) e psicoterapia, na qual o paciente aprende a interpretar os resultados de suas explosões num contexto amplo e, a partir daí, a evitar que a raiva se transforme em explosão em situações futuras. Sem tratamento, a vida da pessoa tende a se deteriorar. Se você ou pessoas próximas apresentam explosões de agressividade, procure ajuda o mais breve possível, pois pode ser um caso de Transtorno Explosivo Intermitente.

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