Carta a quem passará o Dia dos Namorados solteiro
O que é o Dia dos Namorados? Ele é comemorado na maior parte dos países em 14 de fevereiro. A origem da data remonta ao século III, quando o sacerdote romano Valentim, desobedecendo à proibição do imperador Claudio II, celebrou casamentos clandestinos entre jovens casais para que não fugissem sem sacramentar a união. + Simpatias para encontrar […]
O que é o Dia dos Namorados? Ele é comemorado na maior parte dos países em 14 de fevereiro. A origem da data remonta ao século III, quando o sacerdote romano Valentim, desobedecendo à proibição do imperador Claudio II, celebrou casamentos clandestinos entre jovens casais para que não fugissem sem sacramentar a união.
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A desobediência do sacerdote custou-lhe a vida (aparentemente no longínquo 14 de fevereiro do ano de 269 d.C.) e rendeu-lhe a santificação pela Igreja Católica bem como o título de mártir cristão, símbolo do amor como valor humano maior. Há outras versões sobre a origem da data mas esta é a mais aceita e difundida.
Assim, o “Valentine’s Day” é celebrado na maioria dos países no segundo mês do ano, ocasião em que os casais trocam principalmente cartões mas também presentes em jantares ou passeios românticos. Em alguns países, também é uma oportunidade para os filhos trocarem mensagens e presentes com seus pais.
Esta festividade não pegou no Brasil. Nunca houve uma tradição em celebrar o Dia dos Namorados por aqui até que, em 1949, a já extinta loja Clipper solicitou à agência Standard Propaganda que elaborasse uma campanha publicitária para alavancar as vendas em junho, o mês mais fraco para o comércio até então. Eis que o publicitário (e psicólogo! – vejam que não fugi completamente ao tema) João Dória, presidente da agência, propõe a criação de uma data no meio deste mês para que os namorados pudessem trocar presentes e, com isso, salvar a reputação junina da lanterna de volume de vendas.
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A campanha teve pleno apoio da Confederação do Comércio de São Paulo e a escolha do dia 12 foi pelo fato de ser véspera do dia de Santo Antônio, o já famoso português “santo casamenteiro”. A campanha publicitária, cujo slogan era “não é só com beijos que se prova o amor”, funcionou e desta vez a festividade pegou no Brasil, sendo forte para o comércio até o presente.
Levando em conta a história da data, minha dica para quem está solteiro é simplesmente para que esqueça esta comemoração. Além de sua origem comercial, o Dia dos Namorados remete a uma condição em que você pode estar ou não. É diferente do Dia das Mães ou do Dia dos Pais. Quem se torna mãe ou pai, nunca deixará de sê-lo. Já ser namorada ou namorado de alguém costuma ser uma condição transitória.
Então não é adequado depositar tanta expectativa e peso nesta data. Tem vários sites dando dezenas de dicas do que os solteiros podem fazer durante a comemoração romântica: visitar parentes, escrever para um amigo com quem não fala há muito tempo, ir ao cinema, pedalar etc. Se essas coisas fazem sentido pra você, você deve fazê-las ao longo do ano. Eu não darei dica nenhuma.
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Mas, Arnaldo, existe gente que está se sentindo solitária por não estar namorando. Pois é… Também tem gente que perdeu pessoas queridas, tem gente que está doente, tem gente passando fome e tem gente que tem de se contentar com o futebol fraquinho que o Corinthians está jogando.
O sentimento de solidão não acontece apenas no dia 12 de junho. Se você está se sentindo só, esta é uma questão sobre a qual você deve refletir diariamente. O Dia dos Namorados não será a origem e muito menos a solução para o seu problema. O dia 13 vai chegar de qualquer maneira e o mundo seguirá girando, indiferente ao dia 12. Pegue carona e esteja pronto para quando chegar a sua vez. Aos casais, feliz Dia dos Namorados. Aos solteiros, pra frente é que se anda.