Casais heterossexuais são a maioria dos frequentadores das sex shops, diz pesquisa sobre o setor
A boneca inflável pendurada perto da cabine de masturbação perdeu o ar. Quem ainda acha que vai encontrar as paredes negras e o ambiente “maldito” das sex shops dos anos 80 pode se surpreender ao encontrar um lugar todo perfumado e dourado. Segundo pesquisa da Associação Brasileira das Empresas do Mercado Erótico e Sensual (Abeme), mais […]
A boneca inflável pendurada perto da cabine de masturbação perdeu o ar. Quem ainda acha que vai encontrar as paredes negras e o ambiente “maldito” das sex shops dos anos 80 pode se surpreender ao encontrar um lugar todo perfumado e dourado. Segundo pesquisa da Associação Brasileira das Empresas do Mercado Erótico e Sensual (Abeme), mais de 15% das lojas especializadas do país trocaram o nome sex shop por butique erótica ou sensual. Nas compras, o tíquete médio é de 117 reais e as mulheres dominam 80% do mercado.
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Essa “reforma” de público ocorreu nos anos 2000. Com o boom da internet nessa época, a pornografia migrou para a rede (afinal, há lugar mais discreto para consumir pornô do que o laptop no quarto?). As lojas precisaram se reinventar e apostaram na venda de assessórios e lingeries com um design mais elaborado. Em 2010, o sucesso do filme De Pernas Pro Ar deu um empurrão no setor.
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Com essa transformação, os locais deverão ser utilizados por ONGs e serviços de saúde em parcerias no combate às doenças sexualmente transmissíveis (DSTs). Entre 17 de julho a 27 de Setembro de 2015, a Abeme realizou uma pesquisa nesses locais em parceria com o Instituto Barong, ONG sediada na capital, e o Instituto de Saúde da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo. O estudo Sex Shop e Saúde Preventiva no Brasil recebeu 249 respostas de diversos sex shops de todo o Brasil (78% de São Paulo).
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Abaixo, os dados mais curiosos:
Você diria que a clientela de seu sex shop é composta predominantemente por:
Maioria de pessoas/casais heterossexuais – 59%
Maioria de pessoas/casais homossexuais femininos – 1%
Igualmente, de pessoas/casais homossexuais masculinos e femininos – 3%
Igualmente, de pessoas/casais heterossexuais quanto de homossexuais – 30%
Profissionais do sexo e seus clientes – 0,41%
Seu sex hop já foi contatado por algum serviço de saúde para realizar algum trabalho/ação ou campanha sobre DSTs/HIV/Aids?
Sim – 14%
Não – 86%
Você diria que seu sex shop se preocupa em promover à prevenção de DSTs/HIV/Aids?
Não – 11%
Sim, um pouco – 46%
Sim, muito – 42%
Tem interesse em colaborar na luta contra a Aids e na Prevenção às DSTs?
Não – 1%
Sim, poderia colaborar – 38%
Sim, teria muito interesse em colaborar – 61%