O colorido carioca da Avenida Paulista
O arquiteto carioca Abelardo de Souza foi criticado por conta das cores do edifício

O arquiteto carioca Abelardo de Souza revelou que foi criticado por colegas de profissão por conta das cores do edifício Três Marias, que projetou em 1952, na esquina da Avenida Paulista com a Rua Haddock Lobo. O povo do bege, do branco e do cinza atacava injustamente um dos residenciais mais criativos daquele lado da cidade. Note-se a inversão que ele faz das pastilhas coloridas e da posição dos terraços, nas duas fachadas do prédio. Na aristocrática avenida, então quase exclusivamente dominada por palacetes, e onde comércio era proibido, o Três Marias oferecia unidades de várias metragens. As lojas no térreo só seriam aprovadas muitos anos depois.
Uma marquise na entrada foi destruída quando a Paulista foi alargada, na ditadura militar, para ganhar mais pistas para carros. O playground interno também foi destruído, para a criação de vagas de garagem.
Abelardo se mudou para São Paulo no final dos anos 1930, dez anos depois de formado, para projetar elegantes postos de gasolina, e morou até o fim da vida em uma casa no Bixiga, onde mantinha seu escritório.




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