Imagem Blog

São Paulo nas Alturas

Por Raul Juste Lores Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
Redator-chefe de Veja São Paulo, é autor do livro "São Paulo nas Alturas", sobre a Pauliceia dos anos 50. Ex-correspondente em Pequim, Nova York, Washington e Buenos Aires, escreve sobre urbanismo e arquitetura

#SPSonha: uma escola de programação na Praça Júlio Prestes

O terreno, antes ocupado pela rodoviária, recebe projetos que nunca saem do papel

Por Raul Juste Lores
Atualizado em 2 fev 2019, 17h45 - Publicado em 1 fev 2019, 06h00
Complexo habitacional no terreno da antiga rodoviária: escola de computação faz falta ali (Divulgação/Divulgação)
Continua após publicidade

A carência de programadores e desenvolvedores de apps e games no Brasil é um gargalo custoso para grandes empresas e startups. Só na cidade de São Paulo há 30 000 vagas abertas, com salários sempre em alta. Temos uma multidão de jovens e adolescentes que passam o dia entre games e aplicativos, e que mudariam de vida com essa expertise no currículo.

Imagine uma enorme escola profissionalizante dedicada à programação, com centenas de vagas, instalada no Complexo Júlio Prestes, o conjunto habitacional de oito edifícios e 1 200 apartamentos em construção em frente à Sala São Paulo. Anunciado no já longínquo ano de 2012 como a promessa de virada na Cracolândia, o complexo não engrenou. A ocupação dos apartamentos é lenta, pois os futuros moradores estão com medo. Pouco antes da inauguração do primeiro prédio, houve episódios de furto e vandalismo. Traficantes e dependentes ainda batem ponto nas redondezas. Para variar, um hospital, um CEU, um mercado e a Escola de Música Tom Jobim, que deixariam a vizinhança mais frequentada dia e noite, ainda nem começaram a ser construídos.

Praça Julio Prestes
Obras na região da Praça Júlio Prestes: novos prédios e projetor arquitetônicos, futuro indefinido (Leo Martins/Veja SP)

Aquele terreno antes ocupado pela rodoviária teve até um projeto anterior, o Teatro da Dança, já engavetado. Em mais de vinte anos de investimentos culturais como a Pinacoteca, a Osesp, o Museu da Língua Portuguesa e a própria Tom Jobim, pouco mudou na região da Luz. Não houve nem a gentrificação nem a especulação imobiliária temidas por intelectuais (persistem o abandono e dezenas de imóveis vazios em uma área central). Hora de variar o cardápio.

Publicado em VEJA SÃO PAULO de 06 de fevereiro de 2019, edição nº 2620.

Publicidade

Essa é uma matéria fechada para assinantes.
Se você já é assinante clique aqui para ter acesso a esse e outros conteúdos de jornalismo de qualidade.

Semana Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

Impressa + Digital no App
Impressa + Digital
Impressa + Digital no App

Informação de qualidade e confiável, a apenas um clique.

Assinando Veja você recebe semanalmente Veja SP* e tem acesso ilimitado ao site e às edições digitais nos aplicativos de Veja, Veja SP, Veja Rio, Veja Saúde, Claudia, Superinteressante, Quatro Rodas, Você SA e Você RH.
*Para assinantes da cidade de São Paulo

a partir de 35,60/mês

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.