#SPSonha: arquitetos fazem projeto de parque no fim da Avenida Paulista
Área decadente representa o fracasso das políticas pensadas exclusivamente para a circulação de carros na cidade

O sistema viário na confluência da Avenida Paulista com a Rebouças e a Consolação não poderia ser mais exemplar do fracasso das políticas pensadas exclusivamente para a circulação de carros, desde o fim dos anos 1960. No lugar onde brotou uma Cracolândia já há alguns anos, entre ilhas inacessíveis e barreiras diversas para os poucos pedestres que ousam circular por ali, os arquitetos Marina Acayaba e Juan Pablo Rosenberg imaginaram o “Parque dos Arcos”. O nome homenageia a “praça” ociosa que marca o fim da mais paulistana das avenidas.

“Esse espaço de 3,5 hectares é rico em áreas verdes e tem enorme potencial para um parque urbano”, dizem os arquitetos. Eles sugerem locais de encontro e descanso, com assentos sob a copa das árvores, para os milhares que almoçam na região; estruturas leves e pontilhões por onde os pedestres possam cortar caminho para o Hospital das Clínicas; e até o uso da topografia atual para a prática de esportes urbanos, como escalada e parkour. Esse projeto abre um novo espaço em VEJA SÃO PAULO para divulgar e discutir transformações que possam ir do sonho ao concreto.