O arquiteto-faz-tudo que produziu dezenas de residenciais paulistanos
O controle total do que se projetava e construía -- garantindo a qualidade -- foi um bom negócio para João Kon
João Kon tinha 21 anos e ainda era estudante de Arquitetura do Mackenzie quando projetou, incorporou e construiu este belo predinho na rua Peixoto Gomide, nos Jardins, em 1954. Com apenas seis andares, o Primavera era o primeiro edifício de linhas modernas na região. Kon se associou ao irmão engenheiro, Samuel, e ao pai deles, o imigrante judeu polonês Godel, dono de uma pequena confecção no Bom Retiro — o patriarca foi atrás de investidores e compradores para os 24 apartamentos desenhados pelo filho.
O controle total do que se projetava e construía — garantindo a qualidade — foi um bom negócio para Kon. Em poucos anos, ele lançaria diversos residenciais em Higienópolis e Santa Cecília, como o Albatroz (abaixo, de 1960, na rua Dona Veridiana), em Perdizes e Moema, além de outros nos Jardins, onde começou. Em trinta anos, ele foi responsável por 121 projetos construídos. Em 2016, foi lançado o primeiro livro sobre sua obra, “João Kon Arquiteto”, pela editora Romano Guerra. Kon tem 84 anos e continua morando nos Jardins. Seu filho, Nelson, é um premiado fotógrafo de arquitetura.
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