Passagem subterrânea do Anhangabaú revestida em mármore está ociosa
Ali encontra-se a primeira escada rolante pública da cidade e uma escultura de Brecheret

Os baixos do Viaduto do Chá foram otimizados com classe: em 1940, o desnível de 11 metros da Praça do Patriarca ao Anhangabaú foi driblado por esta luxuosa passagem (o varguismo revestiu seus 6 000 metros quadrados de mármore). Em seus salões, recebeu mostras com obras de Anita Malfatti e Volpi. Tinha banheiros públicos e abrigos de ônibus. Em 1955, ganhou a primeira escada rolante pública da cidade, que atraía filas. Só as esculturas Graças, de Victor Brecheret, resistem ali. Está ociosa desde 1995, e a prefeitura planeja agora concedê-la ao setor privado, que deve se encarregar da manutenção do Vale do Anhangabaú.



Publicado em VEJA SÃO PAULO de 31 de julho de 2019, edição nº 2645.