Bem preservados, palacetes resistem ao caos da 25 de Março
Símbolos da Belle Époque paulistana, as construções foram erguidas pelo esforço de imigrantes como Rizkallah Jorge Tahan e Manoel de Barros Loureiro
Ignore a sujeira acumulada, a bagunça nas calçadas e o incompreensível trânsito de veículos nas estreitas ruas do Grande Bazar paulistano. Olhando para cima, é possível surpreender-se com a beleza arquitetônica do início do século XX que ainda resta na 25 de Março. O sírio de origem armênia Rizkallah Jorge Tahan, nascido em Alepo, fez fortuna como dono da Casa da Boia, na Rua Florêncio de Abreu, comercializando material hidráulico em uma cidade que implorava por saneamento contra a febre amarela. Apaixonado por arquitetura, ele se esmerou no art nouveau da loja e construiu os palacetes Paraízo e São Jorge em estilo eclético, para abrigar familiares e patrícios que vinham para São Paulo.
Outro imigrante, o português Manoel de Barros Loureiro, vendia aviamentos, tecidos e roupas importadas, e construiu o palacete abaixo. As duas famílias, de sírios e portugueses, acabaram se mudando depois para o olimpo social da época e se instalaram em casarões da Avenida Paulista.
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