Nova cervejaria em Belém (PA) terá rótulos sazonais feitos com produtos amazônicos
por Marcela Besson Um casarão de dois andares datado do século XVII e instalado bem em frente à turística Estação das Docas é a mais nova promessa no roteiro gastronômico da capital paraense. No fim de 2014, o endereço será a sede da cervejaria Cabôca, comandada pelo empresário e diretor de marketing Ney Messias Jr. em […]
por Marcela Besson
Um casarão de dois andares datado do século XVII e instalado bem em frente à turística Estação das Docas é a mais nova promessa no roteiro gastronômico da capital paraense. No fim de 2014, o endereço será a sede da cervejaria Cabôca, comandada pelo empresário e diretor de marketing Ney Messias Jr. em parceria com outros dois sócios, Ricardo Gluck Paul e Tico Onishi. A obra “tão sonhada” pelo trio vem sendo esculpida há dois anos. No entanto, somente em agosto o imóvel tombado ganhou o aval do IPHAN (órgão de preservação do patrimônio federal) para ser totalmente restaurado. “Os belos azulejos portugueses da fachada serão mantidos, mas há muito a ser feito na parte interna, que terá capacidade para 450 pessoas sentadas”, conta Messias Jr.
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Com a reforma em andamento, os empresários detém-se agora na produção da estrela principal da casa, o cardápio de cervejas. Para isso, investiram na consultoria dos mestres-cervejeiros Paulo Schiaveto e João Becker, que já trabalharam na Cervejaria Colorado, de Ribeirão Preto (SP). Os dois experts estão criando cinco variedades da bebida que serão fabricadas e vendidas ali mesmo, no verdadeiro estilo brew pub. “Teremos os tipos pilsen, blonde ale, red ale, IPA e stout, todas elas cervejas fresquíssimas, saídas todos os dias dos tanques diretamente para os copos”, diz Messias Jr. O preço de cada uma deve ficar em torno de 5 reais.
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Em outra frente, a cervejaria Cabôca também vai produzir, engarrafar e vender rótulos sazonais – e eles tendem a ser a melhor surpresa do negócio. Cada edição limitada trará a adição de um ingrediente amazônico específico, num modelo de negócio sustentável, que pretende reverter todo o lucro da venda aos fornecedores das matérias-primas locais. “Nossa filosofia é preservar para desenvolver e desenvolver para preservar. Mais do que divulgar e valorizar nossa cultura, queremos que os produtores locais se beneficiem do uso consciente dos insumos da floresta”, explica Messias Jr. A primeira cerveja sazonal já está definida: uma stout incrementada de chocolate vindo da Ilha de Combu. O primeiro lote de cerca de 5 000 garrafas será vendido antes mesmo da inauguração da cervejaria belenense, em bares e restaurantes da capital paraense, além de endereços estratégicos (ainda em fase de negociação) em São Paulo e no Rio de Janeiro.
É esperar para ver (melhor, beber!).