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Tonico Ferreira deixa a Globo depois de 37 anos

Repórter deixa a emissora por vontade própria para se dedicar à família e ter mais tempo para os estudos, leituras e viagens

Por Redação VEJA São Paulo SEGUIR SEGUINDO
Atualizado em 4 abr 2018, 17h56 - Publicado em 4 abr 2018, 17h54

No ar há 37 anos, o repórter Tonico Ferreira vai deixar a Globo. A saída foi anunciada nesta quarta (4) em um comunicado do diretor Ali Kamel aos funcionários da emissora.

Tonico deixa a emissora por vontade própria para se dedicar à família e ter mais tempo para os estudos, leituras e viagens. O contrato acabaria em 2020.

Kamel lamentou a decisão, mas cobriu de elogios o jornalista no e-mail enviado aos colegas de trabalho. “Doeu, mas não pude dizer não. Ninguém resiste ao Tonico. Não é à toa que sempre há uma roda de colegas em volta dele, quando está na redação. E não apenas para ouvir sua análise sem paixões dos assuntos da política, do sobe e desce da economia e da vida brasileira. É também para escutar histórias de mais de seus anos de jornalismo, que fazem dele um dos mais experientes e importantes profissionais da imprensa brasileira.”

Formado em arquitetura na USP, o jornalista de 70 anos atua há cinquenta na imprensa. Passou pela revista Realidade e os jornais Folha de S. Paulo e Folha da Tarde antes de estrear como repórter televisivo na Globo, em 1981.

Vários medalhões do jornalismo global deixaram a emissora nos últimos meses. Desde o ano passado, Evaristo Costa, Carla Vilhena saíram para se dedicar a projetos pessoais. As jornalistas Mara Luquet e Cristina Serra também pediram o desligamento para fundar um canal de notícias no YouTube. Também houve a baixa de William Waack, demitido após o vazamento de um comentário racista nos bastidores do Jornal da Globo.

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