Renesmee, de ‘A Saga Crepúsculo’, e outras crianças estranhas do cinema
Era uma vez uma jovem pálida e triste chamada Bella, que se apaixonou por um vampiro. O namoro entre os dois começou tenso, mas terminou em casamento. Para resolver diferenças inevitáveis de estilos de vida, ela foi transformado em morta-viva. O fruto dessa união – possivelmente eterna – foi a menininha Renesmee. Parece um conto […]

Era uma vez uma jovem pálida e triste chamada Bella, que se apaixonou por um vampiro. O namoro entre os dois começou tenso, mas terminou em casamento. Para resolver diferenças inevitáveis de estilos de vida, ela foi transformado em morta-viva. O fruto dessa união – possivelmente eterna – foi a menininha Renesmee.
Parece um conto de fadas, certo? Sim, mas a história dos últimos capítulos da Saga Crepúsculo revela um detalhe que pode arrepiar o público durante a sessão de Amanhecer – Parte 2 (clique aqui para ver os horários e avaliar o filme): que bebê estranho é esta Ranesmee!
A aparência bizarra da pequena personagem tem explicação: em vez de escalar um atorzinho ou uma atrizinha para o papel, os produtores do filme resolveram criar um neném digitalmente, com traços e expressões absolutamente artificiais. O crítico Miguel Barbieri Jr. definiu a pobre Ranesmee como um “pavoroso efeito de computação”. Pois bem. Não duvidemos dele.
A menininha, no entanto, não está só em Hollywood. O cinema tem vários casos de crianças que metem medo em muito marmanjo. Na lista a seguir, confira outros dez petizes com parafusos (digitais ou não) a menos:
O bebê, em O Bebê de Rosemary (1968)
Para sorte do público, o neném diabólico do filme de Roman Polanski nunca aparece em cena. Fica a cargo da imaginação do espectador criar a imagem de um ser que, de acordo com um dos trechos mais inspirados do roteiro, “tem os olhos do pai”. Vade retro!
Glen, em O Filho de Chucky (2004)
Bonecos de plástico também podem ter sérios problemas familiares. Prova disso é o rebento de Chucky, o monstrinho de Brinquedo Assassino. A criancinha usa um vudu para trazer os pais de volta à vida. O tom do filme é de humor negro, mas definitivamente não é recomendado para grávidas.
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Bebê psicodélico, em Trainspotting (1966)
Numa das alucinações de Renton, o personagem de Ewan McGregor em Transpotting, um bebê engatinha no teto do quarto (sim, você leu corretamente), de cabeça para baixo, e – como se essas bizarrices não bastassem – mostra uma surpresinha ao homem atormentado. Veja o vídeo acima, se tiver coragem.
Crianças sem alma, em A Cidade dos Amaldiçoados (1995)
A cidadezinha pacata de Midwich, na Califórnia, é tomada por uma força misteriosa que engravida dez mulheres. Nove meses depois, os bebês nascem praticamente ao mesmo tempo. Parecem crianças normais. Quando elas crescem um pouco, mostram características incomuns: cabelo acinzentado, olhar fixo, nenhuma emoção e superpoderes do mal.
Henry Evans, em O Anjo Malvado (1993)
Neste suspense de 1993, Elijah Wood (o Frodo de O Senhor dos Aneis) interpreta um menino inocente que tem o azar de passar alguns dias na companhia de Henry Evans. O garoto, interpretado por Macaulay Culkin, logo dá sinais de que é uma espécie de mini-psicopata e empurra a irmã em um lago congelado. Não é mais um Esqueceram de Mim.
Demien, em A Profecia (1976)
Neste ótimo filme de horror, um casal adota um órfão com carinha de anjo e vários diabinhos guardados no armário. A origem do garoto é das mais obscuras. Os pais, no entanto, decidem acreditar no menino e pagam o preço. Nos anos 70, Demien, não à toa, virou sinônimo de “filho do demo”.
Samara Morgan, em O Chamado (2002)
Uma criança cabeluda, suja, pegajosa e extremamente pálida (a palidez, aliás, é um traço muito comum em crianças estranhas do cinema) sai de um poço para atormentar quem assiste a um vídeo macabro.
Bebê monstro, em Nasce um Monstro (1974)
A família Davis está animada para ter o segundo filho, mas, no momento do parto, eles percebem que não tiveram muita sorte. O bebê nasce deformado e extremamente agressivo, e reage com violência quando os médicos tentam sufocá-lo. Um pestinha, como se diz.
Ricky, em Ricky (2009)
Ricky é uma fofura: tem bochechas rosadas, balbucia algumas palavras de um jeito engraçadinho e é o xodó de um jovem casal. Fica um tanto difícil cuidar da criança quando ela começa a desenvolver grandes asas nas costas. E se o menino resolver sair voando por aí?
Hit-Girl, em Kick-Ass – Quebrando Tudo (2010)
No universo dos quadrinhos, adolescentes como Peter Parker (o Homem-Aranha) têm o direito de sair às ruas para combater o crime. Por que uma garotinha não poderia assumir uma função parecida? Bem. O debochado Kick-Ass oferece uma boa resposta: porque seria muito, muito esquisito e muito, muito incorreto.
Ok, Renesmee, você não é tão estranha assim.
(Tiago Faria)
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