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Ludmilla se pronuncia após acusações de intolerância religiosa no Coachella

Cantora afirma que frase exibida no telão de seu show foi tirada de contexto

Por Redação VEJA São Paulo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 22 abr 2024, 18h13 - Publicado em 22 abr 2024, 18h12

Ludmilla rebateu as acusações de intolerância religiosa que vinha recebendo desde que se apresentou no festival estadunidense Coachella neste domingo (21).

No show, durante a música “Rainha da Favela”, o telão exibia um vídeo com cenas do cotidiano das comunidades. Em um momento, aparece, em um cartaz, a frase “Só Jesus expulsa o Tranca Rua das pessoas”, que gerou as acusações contra a cantora, uma vez que Tranca-Rua é uma entidade das religiões de matriz africana, como umbanda e candomblé.

Nesta segunda-feira (22), Ludmilla foi às redes sociais rebater a acusação, argumentando que o vídeo foi tirado de contexto e apenas representa a realidade das favelas. A cantora ressaltou que a frase não condiz com sua opinião.

“Rainha da Favela apresenta a minha favela, uma favela real, nua e crua, onde cresci mas infelizmente se vive muitas mazelas: genocídio preto, violência policial, miséria, intolerância religiosa e tantas outras vivências de uma gente que supera obstáculos, que vive em adversidades, mas que não desiste. Isso passa por conviver em um ambiente muitas vezes hostil, onde a cada esquina você precisa se deparar com as dificuldades da favela”, disse em post no X (antigo Twitter).

Ludmilla explicou o que pretendia com a performance. “Meu show começa com uma mensagem muito explícita, que não deixa dúvida sobre nada! Na sequência eu apresento a realidade sobre a qual esse discurso precisa prevalecer! Sobre uma favela sem filtros, sem gourmetizações, sem representações caricatas, uma denúncia sobre o real. Estou aqui pelo que é real e não essa versão vitrine importada para gringo achar que esse é um espaço que se reduz a funk, bunda e cerveja!”

A cantora disse ainda que o vídeo que gerou as acusações foi feito por uma fotógrafa negra e periférica.

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“Não me coloquem nesse lugar, vocês sabem quem eu sou e de onde eu vim. Não tentem limitar para onde eu vou. Respeito todas as pessoas como elas são, e independente de qualquer fé, raça, gênero, sexualidade ou qualquer particularidade de que façam elas únicas”, finalizou.

A cantora também foi aos stories do Instagram falar sobre o assunto e afirmou ter sido pega de surpresa com a recepção da performance, pois para ela era “óbvio” a intencionalidade por trás.

“No vídeo tem tráfico de animais, gente sendo presa, gente entrando no ônibus pela janela… Eu apoio tudo isso? É um vídeo sobre tudo que eu apoio? Ou é só o retrato da realidade?”, questionou.

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Ludmilla disse ainda que o vídeo era uma denúncia e acusou os internautas de quererem apagar a sua trajetória no Coachella.

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Stories de Ludmilla. (Redes sociais/Reprodução)

A deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP), que gravou uma mensagem para ser exibida no início do show de Ludmilla, também se manifestou. Mensagens como essa, sem nenhum contexto, podem criar mais danos à luta pela liberdade religiosa ao invés de ajudar a combater essa realidade de preconceito e violência contra pessoas de axé, ela disse. Que Lud aproveite esse acontecimento e trate oportunidade para avançar nesse debate e reparar danos causados.

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