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Jornada de família para encontrar parente termina em tragédia

"Eu tentei a Cruz Vermelha e outros sites que ajudam a encontrar pessoas desaparecidas", desabafou a sobrinha do rapaz, que procura pelo tio desde 2002

Por Redação VEJA São Paulo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 18 out 2017, 18h38 - Publicado em 18 out 2017, 17h34
 (Reprodução/The Daily Mirror/Veja SP)
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A jornada de uma família para encontrar um parente perdido durou 15 anos e terminou em comoção. Eles descobriram o homem havia morrido sozinho em uma tenda 12 meses antes do reencontro — e sua morte segue envolta em mistério.

Cardon Banfield, de 74 anos de idade, foi descrito como alguém que “não tinha parentes”. Sua mãe, irmã e sobrinha, no entanto, ainda estão vivas.

O homem perdeu contato com a família após trocar o país natal de São Vicente e Granadinas, no Caribe, pelo Reino Unido em 1961. Na época, ele tinha apenas 19 anos. Sua sobrinha, Faith Felix, de 48 anos, decidiu tentar encontrá-lo depois que sua mãe e sua avó começaram a relembrar do parente, em 2002.

A mulher ficou em choque ao receber um e-mail em 24 de agosto de 2017 revelando que Cardon tinha morrido em 5 de julho de 2016. O homem, que tinha uma esposa e um filho, chamado Richard, foi descoberto em uma tenda próximo a um rio na cidade inglesa de Worcester, onde passou seus últimos dias vivendo como um morador de rua.

Após tantos anos de procura, os familiares da avó de Faith, que mora em  Trinidad e Tobago, não sabem como revelar a notícia à mulher. “Vi a minha avó e minha mãe chorando quando falavam sobre ele, então eu decidi procurá-lo com alguns familiares. Tentei a Cruz Vermelha e outros sites que ajudam a encontrar desaparecidos. Procurei por documentos de pessoas que morreram no Reino Unido ou qualquer notícias que pudesse me levar até ele. Não encontrei nada em nenhuma das oportunidades“, contou a mulher ao The Daily Mirror

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Em agosto, quando estava de férias, recebi um e-mail de uma das muitas ferramentas de busca que usei para encontrá-lo. Fiquei muito triste ao ver que a minha busca o encontrou já morto. Eu daria tudo para vê-lo ou conversar com ele, para que ele encontrasse minha mãe e meus irmãos e conhecesse a história da nossa família“, desabafou a Faith. “Nós queríamos ter viajado até o Reino Unido em mais de uma ocasião, mas, sem lugar para dormir e com os custos da viagem, ficou impossível“.

A mulher também revelou que a maneira como o tio morreu foi “muito perturbadora e triste”: “Eu gostaria que eles tivessem tentando encontrar a família dele com mais afinco. Mas eu não sei quais informações ele deu ou se ele se quer foi perguntado“, contou.

Nós ainda não contamos nada para a minha avó, temos medo do luto. Eu espero ter a coragem para contar a verdade para ela antes que ela morra. Mas nós queremos que todos saibam, que ele tem uma família e que nós nunca esquecemos dele. Ele viverá para sempre no coração da nossa família“.

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A família de Cardon, que mora em Trinidad e Tobago, pretende fazer uma missa para o homem em uma igreja. “Nós queremos lembrar deles todos os anos por meio de um memorial“, revelou Faith.

A morte do homem despertou o interesse de um ativista inglês de 27 anos, Hugo Sugg. O rapaz, que faz campanha por cuidados para moradores de rua e sem-teto, quer usar o caso do homem para conscientizar sobre a situação de outras pessoas: “Nós temos que lembrar que a família dele está em luto por um irmão, filho, tio e marido e eles merecem paz neste momento“, ele disse ao The Daily Mail.

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