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Juntos há 73 anos, eles passarão o primeiro Natal separados

A história de Herbert e Audrey Goodine provocou revolta no Facebook, onde a filha da dupla compartilhou a história: "Como alguém pode ser tão frio e cruel?"

Por Redação VEJA São Paulo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 20 dez 2017, 18h38 - Publicado em 20 dez 2017, 18h31
 (Reprodução/Facebook/Veja SP)
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Um casal que está junto há 73 anos foi separado uma semana antes do Natal: Herbert Goodine, que sofre de demência, foi realocado para outra casa de cuidados especiais enquanto sua esposa Audrey segue no endereço, a 45 minutos de distância. A dupla passou os últimos três anos morando juntos. No entanto, a doença do homem progrediu — e a equipe decidiu transferi-lo para um asilo que lhe dará mais estrutura.

Inconformada com a separação, a filha do casal, Dianne Phillips, revelou que a mudança está sendo muito difícil para o casal. No domingo (17), ela compartilhou a história de Herbert e Audrey no Facebook, onde a publicação acumula mais de 18 300 compartilhamentos: “Esta é uma história triste de Natal para Herbert e Audrey Goodine. Quero compartilhar o plano de separação dos meus pais uma semana antes do Natal“, escreveu.

Fui notificada na sexta, 15 de dezembro, pela manhã, via e-mail, e por uma ligação algumas horas depois, que meu pai de 91 anos de idade seria removido, neste fim de semana, da casa de cuidados especiais onde ele mora com a minha mãe de 89 anos. Eu reli a mensagem algumas vezes, sem crer que alguém poderia ser tão frio e cruel ao fazer uma coisa dessas uma semana antes do Natal. O meu pedido, na sexta, foi de simplesmente alongar a residência do meu pai até o fim da semana. No entanto, meu pedido foi ignorado repetidamente. Como não consegui escolher um novo local rapidamente, funcionários abordaram os meus pais e os forçaram a tomar a decisão sozinhos“.

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Meus pais estão juntos há 73 anos e ainda dormem na mesma cama. Sinto que as pessoas deveriam saber mais sobre o sistema falho que temos. Duas palavras descrevem o que aconteceu: antiético e cruel. A transferência está marcada para amanhã e eu ainda não fui notificada sobre os ajustes finais“, contou Dianne.

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Conversando com os meus pais ontem, eu ouvi minha mãe chorar enquanto meu pai falava ao fundo. Minha mãe disse: ‘O Natal acabou para a gente agora. Esse é o pior Natal que nós teremos. Por que não esperaram passar as festas de fim de ano?’. Eu garanti para ela que eu faria o impossível para mantê-los juntos por mais alguns dias“.

Ao The Daily Mirror, Herbert disse que os últimos 69 anos que compartilhou com Aubrey foram “os melhores” e que ele se apaixonou por ela no momento em que eles se conheceram. “Você riria se soubesse como eu a conheci. Eu ainda dou risada. Eu estava fora do meu apartamento, do meu flat, quando olhei por uma abertura da parede e a vi. Eu jamais esquecerei“, relembra o homem.

Jennifer Eagan, uma das responsáveis pela casa de repouso onde o casal estava há três anos, disse que não pode comentar casos específicos, mas afirma que a casa é para residentes que precisam de “um pouco” de supervisão. Já o novo asilo oferece “mais supervisão”. Nesta segunda (18), Dianne voltou a usar o Facebook para falar sobre a situação dos pais: “O plano seguiu em frente e o meu pai foi transferido. Choramos muito enquanto ele se despedia da minha mãe“.

Meu pai foi reavaliado uma semana atrás e precisa de um cuidado nível 3, enquanto minha mãe segue no nível 2. A Vila Victoria é uma casa de cuidados especiais nível 2 e eu entendo por que meu pai precisaria ser removido. Fiquei sabendo que alguns recursos poderiam ter sido oferecidos para facilitar as necessidades do meu pai por mais alguns dias, para que eles ficassem juntos até o Natal, mas nada disso foi oferecido e o tempo acabou“.

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Nós estamos esperando por respostas para esclarecer como algo assim aconteceu. O meu pai tem necessidades. No entanto, como qualquer outro cidadão, ele tem o direito de aproveitar a vida e passar o feriado com a mulher dele. A foto que eu publiquei parece mais um castigo que um Natal feliz“, finalizou.

Uma representante do asilo também usou seu perfil na rede social para explicar a situação: “Uma vez que um residente está além do nosso nível de cuidados e o departamento de desenvolvimento reavalia seu nível, temos que seguir as regras e regulamentos estabelecidos pelo governo“, explicou. “Não seguir as regras é contra a lei. Eu poderia perder minha licença se não fizesse isso. A decisão foi tomada e está fora das minhas mãos“.

Dê sua opinião: E você, o que achou da história emocionante do casal? Deixe seu comentário e aproveite para curtir nossa página no Facebook.

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