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Bruna Marquezine se posiciona sobre críticas por fantasia de enfermeira

A atriz, acusada por órgãos de sexualizar a profissão, publicou texto sobre a polêmica

Por Redação VEJA São Paulo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 4 nov 2021, 11h54 - Publicado em 4 nov 2021, 11h54
bruna marquezine posando para foto tirada de seu celular. ela está usando fantasia de enfermeira
Após se fantasiar de enfermeira para o Halloween nesta terça-feira (2), Bruna Marquezine recebeu críticas do Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo, que falou sobre sexualização da categoria e pediu respeito (Reprodução/Instagram/Veja SP)
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Bruna Marquezine, 26, falou sobre a polêmica causada após usar uma fantasia de enfermeira no Halloween. A atriz foi criticada pelos conselhos regional e federal de Enfermagem e apagou as fotos que havia publicado em suas redes sociais.

“Jamais seria minha intenção causar qualquer desvalorização à classe na escolha de uma fantasia de Halloween”, escreveu ela em um texto. Marquezine também disse que batalha para que mulheres “tenham liberdade e respeito em todos os ambientes e em todas suas escolhas profissionais e pessoais” e lamentou “não ter tido o conhecimento sobre esse tema antes, mas que essa discussão sirva verdadeiramente como oportunidade de aprendizado e transformação.”

Ela ainda convidou os órgãos competentes a uma “reflexão profunda, e não pessoal, sobre como a indústria pornográfica, o machismo estrutural e a cultura do estupro são os verdadeiros cernes da sexualização e erotização das mulheres em qualquer uma das profissões”.

Entenda o caso

Bruna Marquezine se fantasiou de enfermeira durante o Halloween e compartilhou cliques em seu Instagram na terça-feira (2). Entretanto, a atriz recebeu diversas críticas na web, inclusive do Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo (Coren-SP). Após a repercussão, Marquezine apagou os registros da fantasia de seu perfil e, até o momento da publicação desta nota, não se pronunciou.

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O Coren-SP fez, em suas redes sociais, um pronunciamento sobre a escolha de Marquezine e disse que “fantasias de enfermeira desvalorizam o profissionalismo da Enfermagem”. O Conselho argumentou que esse tipo de fantasia ajuda a perpetuar o sofrimento de muitas enfermeiras, que acabam sofrendo assédio e outros tipos de violência por incentivar uma sexualização da categoria.

“A enfermagem é uma profissão que exige conhecimentos técnicos, anos de estudo e muito empenho e dedicação em seu cotidiano. Além disso, por ser uma categoria predominantemente feminina, com mais de 80% de mulheres, sofre os impactos das desigualdades de gênero, o que inclui episódios de violência e assédio. Por esses e muitos outros motivos, é inadmissível que a fantasia de enfermeira, utilizada em Carnavais, festas de Halloween e sátiras continuem sendo toleradas pela sociedade, sobretudo por formadores de opinião”, diz parte do comunicado.

O Coren pediu respeito à profissão de Enfermagem e afirmou que o tema das fantasias de enfermeira já foi objeto de discussão por parte do Conselho anteriormente, em casos como o de Giovanna Ewbank e Ingrid Guimarães.

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O post do Conselho de Enfermagem teve mais de 19 mil comentários e recebeu, além de apoio, críticas. 

“Ela [Bruna Marquezine] é cheia do feminismo… Mas acaba utilizando uma fantasia de enfermeira… Mal sabe o quanto sofremos já com tanta sexualização da nossa profissão… Enfermeira não é atriz, não é faz de conta… Não fazemos ceninhas quando estamos prestando assistência, muito menos caras e bocas, dona Bruna Marquezine”, disse uma internauta, em favor da postagem do Coren-SP.

O coro dos críticos ao Conselho versou sobre o salário dos trabalhadores da classe e questionou o Conselho por não tratar disso, mas sim da fantasia de Marquezine.

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“Sinceramente, não vejo isso como desvalorização, desvalorização mesmo é o salário da categoria, e pelo jeito isso já nem é mais o foco”, disse um internauta. “Que desnecessário da parte do conselho! Tantas preocupações e o conselho se preocupa com fantasia em que todas as profissões são usadas… E a PL? Como vai?”, reclamou outro. “Fantasia é nosso salário que é vergonhoso”, disse um terceiro.

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