‘Salve Jorge’: Cinco motivos para sentir saudade da novela (e cinco para apagá-la da memória)
Quando a novela das nove Avenida Brasil foi ao ar na TV Globo, em 2012, o clima entre os espectadores era de consenso: o folhetim de João Emanuel Carneiro conseguiu unir público e crítica sob um mesmo fã-clube. A sua substituta, Salve Jorge, provocou tipo de reação muito diferente ao dividir os noveleiros em dois […]
Quando a novela das nove Avenida Brasil foi ao ar na TV Globo, em 2012, o clima entre os espectadores era de consenso: o folhetim de João Emanuel Carneiro conseguiu unir público e crítica sob um mesmo fã-clube. A sua substituta, Salve Jorge, provocou tipo de reação muito diferente ao dividir os noveleiros em dois times. Foi caso de amor e ódio.
De um lado, houve quem acompanhasse a trama escrita por Glória Perez com interesse, torcendo pelo romance entre Theo (interpretado por Rodrigo Lombardi) e Morena (Nanda Costa) e cantarolando o hit Esse Cara Sou Eu, do rei Roberto, como se não houvesse amanhã. De outro, imperou o tal “bonde do recalque” (termo usado por Glória para atacar quem a critica no Twitter), que fez graça dos furos da trama e reparou em personagens que sumiam e apareciam assim, como num passe de mágica.
Antes que o último capítulo nos leve em mais um passeio no balão de Glória Perez, que tal relembrar os bons e maus momentos da novela? Ou vai dizer que você não se divertiu com tantas idas e vindas à Turquia, sempre em português claríssimo? Acompanhe:
MOTIVOS PARA LEMBRAR
5. As seringadas de Lívia
Lembrar? Sim! O método inusitado que a vilã interpretada por Cláudia Raia usou para eliminar suas vítimas – uma seringada letal – provocou risadas nas redes sociais e fez muita gente torcer para que a malvadona fizesse mais inimigos no novela. Transformou drama em comédia, é verdade. Mas taí algo que acontece nas melhores (e piores) novelas.
4. Glória Perez contra o Bonde do Recalque
No Twitter, Salve Jorge foi pura diversão: enquanto os órfãos de Avenida Brasil atacavam implacavelmente o folhetim, Glória Perez ia à luta contra o “Bonde do Recalque”. Mostrou números de audiência, reclamou, ficou #chateada e até sugeriu que alguns twitteiros estavam ganhando uma grana preta para falar mal dela. Paranoia? Ou conspiração?
3. A “delegata” mais eficiente do Brasil
A delegada Helô, a personagem de Giovanna Antonelli, se tornou tão querida pelo público que acabou roubando a cena de Morena e promovida a policial federal. Convincente tanto nas cenas de comédia quanto nas perseguições mais hollywoodianas (ok, não vamos exagerar: o clima estava mais para Bollywood), ela cobrou respeito.
2. Esse Cara Sou Eu
Nas primeiras semanas, quando a novela ainda deixava muita gente com soninho, corria um comentário maldoso sobre a performance de Glória Perez: a melhor coisa do folhetim era a música-tema do casal de protagonistas, interpretada por Roberto Carlos. Mesmo que você não queira, vai ser difícil esquecer daquele que pensa em você toda hooora…
1. A transformação de Thammy Miranda
Ok, Thammy, você venceu: a filha da Gretchen passou por uma transformação visual digna de reality show do Discovery Home & Health e, de policial durona a dançarina sexy, garantiu alguma surpresa a uma novela que, nos piores momentos, foi previsível de doer.
MOTIVOS PARA ESQUECER
5. Vera Fischer (sempre, sempre) sentada
Por alguns capítulos, o mistério mais saboroso da novela foi descobrir por que diabos a vilã interpretada por Vera Fischer ficava SEMPRE sentada, escondida por uma cortina marota. A explicação mais plausível: preocupada em não mostrar os quilinhos a mais, a atriz preferiu desaparecer sutilmente em cena. Sim, aconteceu.
4. Apertem os cintos, o personagem sumiu!
Onde foi parar o Miro, personagem de André Gonçalves? E Beto, vivido por Sacha Bali? Esses e outros personagens tomaram chá de sumiço e talvez estejam escondidos em alguma caverna da Capadócia. Não se sabe. A verdade é que, com um elenco tão numeroso, Glória Perez teve que “cortar na carne” para garantir certo interesse ao enredo capenga.
3. A igreja 24 horas
Uma das gafes mais inacreditáveis da novela foi a invenção de uma tal “igreja 24 horas”, onde Morena encontrou Theo. No Twitter, Glória Perez explicou: “Vou desenhar para quem pergunta por que essa igreja fica aberta à noite: o padre que toma conta dela mirou-se no exemplo das igrejas evangélicas, sempre abertas para acolher quem precisa entrar lá. E resolveu adotar o costume. Simples assim”. Ah, tá.
2. O casal sem-sal
Nem Roberto Carlos deu jeito. O casal Morena e Theo deixou muito espectador entediado, sonhando em enviar um para a Capadócia e o outro para a Índia. Quer uma prova de que o par romântico não colou? Na reta final da novela, teve gente fazendo campanha para unir os amantes Zyah (Domingos Montagner) e Bianca (Cleo Pires). É o que tem pra hoje!
1. Os furos (muitos e muitos furos) da trama
Para a diversão dos internautas, cada capítulo do enredo de Glória Perez parecia um jogo de (mais de) sete erros: de idas e vindas forçadas à Turquia a investigações policiais desastradas, o roteiro da novela ofereceu uma sátira prontinha aos espectadores mais ácidos. Em resposta a tantas críticas, Glória fez um pedido: que o público voasse. Boa ideia, não?
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