Veja fotos da “casa” de Champinha, preso há dezessete anos
Assassino do casal Liana Friedenbach e Felipe Caffé está internado em uma unidade de saúde

Com 34 anos de idade, Roberto Aparecido Alves Cardoso não é um detento comum. Assassino confesso do casal de adolescentes Liana Friedenbach (16) e Felipe Caffé (19), em novembro de 2003, Champinha, que tinha a mesma idade da menina na época do assassinato, ficou na Fundação Casa até completar 21 anos. Desde então, após um laudo apontar que ele possui transtorno de personalidade antissocial e leve retardo mental (além de representar riscos à sociedade), o homem passou a viver em uma unidade criada especialmente para adultos infratores na mesma situação.
Localizada na Vila Maria (Zona Norte), a Unidade Experimental de Saúde (UES) possui cinco casas independentes. O local, composto por horta e quadra coberta, foi alvo de uma pequena rebelião há pouco mais de um ano. Na ocasião, munido de um estilingue e meia dúzia de pedras, Champinha e um outro interno, de nome Gabriel, agrediram um dos agentes.

O caso rendeu à dupla uma acusação de dano ao patrimônio e ameaça, caso que segue investigado pela Polícia Civil. Um laudo, feito pelo Instituto de Criminalística, aponta que, na ação, duas portas de ferro e uma grade ficaram danificadas. Nos bastidores, o governo do estado, que foi obrigado pela Justiça a criar e manter o local, tentou enviar Champinha para o sistema prisional, mas a medida não prosperou.
Nos últimos anos, diversas ações foram impetradas na Justiça, por advogados ligados aos direitos humanos, pedindo a liberdade do assassino do casal de jovens, sob a alegação de que ele está em um “limbo jurídico”. Nenhuma delas prosperou.
Procurada em várias ocasiões por Vejinha, a mãe de Champinha, moradora de Embu das Artes, sempre se recusou a falar sobre o filho. Ela o visita regularmente.
Veja abaixo imagens do local e que fazem parte do inquérito aberto para investigas as agressões de um ano atrás.




