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Poder SP - Por Sérgio Quintella

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Sérgio Quintella é repórter de cidades e trabalha na Vejinha desde 2015

Covas assina na segunda (15) a concessão do Estádio do Pacaembu

Local terá menos futebol e mais eventos; reforma começa em trinta dias e vai durar dois anos

Por Sérgio Quintella Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 15 set 2019, 15h11 - Publicado em 14 set 2019, 10h21
 (Divulgação/Veja SP)
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O prefeito Bruno Covas vai assinar na próxima segunda-feira (15) o contrato de concessão do Estádio do Pacaembu, na Zona Oeste. No último dia 9, o Consórcio Patrimônio SP, que arrendou o complexo esportivo – composto de uma piscina olímpica, duas quadras de tênis e um ginásio poliesportivo, além do campo – pelos próximos 35 anos, depositou 79,2 milhões de reais a título de outorga.

O restante, cerca de 32 milhões de reais, deverá ser pago ao longo dos anos. Além disso, o novo dono do icônico estádio paulista promete investir 300 milhões de reais. As obras começam em trinta dias e devem durar dois anos. O fechamento oficial do local será confirmado no dia da assinatura do contrato.

Para gerar atratividade financeira, a empreitada do deficitário centro esportivo prevê a demolição do tobogã, arquibancada inaugurada no início da década de 70 em substituição à histórica concha acústica. No seu lugar será erguido um prédio de cinco andares (mais quatro subsolos), com 44 000 metros quadrados de área construída. O projeto é da arquiteta Sol Camacho, do escritório Raddar.

Do nível do gramado para cima, os dois primeiros pavimentos serão alugados para escritórios e firmas de serviços, como bares e restaurantes. A ideia é buscar companhias de coworking e empresas da economia criativa. Na alimentação, a expectativa é atrair estabelecimentos de vários segmentos e preços.

Pacaembu: projeto Sol Camacho/Escritório Raddar
Criação de um novo edifício de cinco andares e quatro subsolos: foco em eventos (Sol Camacho/Escritório Raddar/Veja SP)
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O 3º piso contará com uma passarela de ligação entre as ruas Itápolis e Desembargador Paulo Passaláqua. Esse espaço será destinado à livre circulação de pedestres, que terão acesso a outras áreas públicas localizadas no 4º andar e no térreo. Nesse último, de frente para o gramado, haverá um anfiteatro de madeira que reinventará parte da concha acústica. Esse espaço terá uma esplanada de 3 000 metros quadrados. Outra aposta é criar no subsolo um centro de convenções para até 2 000 pessoas e ampliar o uso do complexo. Haverá ainda três andares de estacionamento, com 450 vagas.

A Praça Charles Miller e o Museu do Futebol ficaram de fora da concessão.

Menos futebol

Quando o novo Pacaembu estiver pronto, daqui a dois anos, o desafio do consórcio será atrair um bom volume de negócios. Nessa seara, o gramado, que já recebeu Pelé, Leônidas da Silva, Rivellino e Ademir da Guia, terá função secundária. “Estamos prevendo quinze jogos de futebol profissional por ano”, afirmou em julho, a VEJA SÃO PAULO, Eduardo Barella, que reduzirá a capacidade do estádio de 40 000 para 26 000 lugares. “Em compensação, faremos 300 eventos anuais nos demais espaços, como casamentos, apresentações musicais, festas infantis e lançamentos de marcas”. Em compensação à redução de jogos profissionais, a empresa promete aumentar o volume de outras modalidades, como futebol feminino e categorias inferiores, além de torneios amadores, como a Taça das Favelas.

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A despeito da assinatura, o negócio ainda é alvo de questionamentos na Justiça. Em uma ação, movida pela Associação Viva Pacaembu, o magistrado estuda suspender o processo por 120 dias, para que uma das questões formuladas, a demolição do Tobogã, que é tombado juntamente com o estádio, seja debatida com o Ministério Público (contrário à destruição) e os órgãos de patrimônio (que deram aval para a demolição). A decisão deve sair nos próximos dias.
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