Vanessa da Mata fala sobre o projeto Viva Tom Jobim
Com a sua bossa carinhosa, Antonio Carlos Jobim descreveu das ondas do mar às curvas da mulher carioca. Após homenagear Elis Regina, a marca de cosméticos Nivea optou por reverenciar a obra do compositor com o projeto Viva Tom Jobim, que traz Vanessa da Mata como intérprete das pérolas dele. O principal desafio da cantora, que […]
Com a sua bossa carinhosa, Antonio Carlos Jobim descreveu das ondas do mar às curvas da mulher carioca. Após homenagear Elis Regina, a marca de cosméticos Nivea optou por reverenciar a obra do compositor com o projeto Viva Tom Jobim, que traz Vanessa da Mata como intérprete das pérolas dele. O principal desafio da cantora, que se exibe à frente de catorze músicos, foi selecionar o repertório (ela partiu de 150 canções e fechou o roteiro em 22) e bolar uma interpretação diferente das já realizadas por aí. Com direção de Monique Gardenberg e arranjos de Eumir Deodato, o show já passou por Salvador, Recife e Brasília e chega a São Paulo, no Parque da Juventude, no domingo (26). Nas exibições anteriores, Vanessa da Mata se demonstrou emocionada. “Quando as pessoas vão a Paris, elas são tocadas pelo romance”, diz. “Com Tom Jobim acontece a mesma coisa, impossível ouvir e não sentir o amor.” O público poderá escutar, entre outras, Garota de Ipanema, Wave, Falando de Amor e Sabiá.
Confira a entrevista com a cantora:
Antes de surgir o projeto Viva Tom Jobim, como era a sua relação com a obra do maestro?
Posso dizer que aprendi o processo de composição com o Tom. Eu me interessava muito por aquela turma, então treinava criar como eles: de uma maneira simples e sem vulgarizar a letra. Ao falar de amor, tento obter a simplicidade.
Qual foi o principal desafio no projeto?
Além de escolher o repertório, tive de encarar o desafio de fazer uma versão diferente do que já existia por aí. Imagine, ele é o segundo compositor mais regravado do mundo. Só perde para os Beatles. Foi preciso dar uma nova cara, mas com respeito à obra.
Em uma entrevista, você disse que o show está redondo e que ele dá o seu recado. Qual é o recado?
O recado é Tom Jobim. Nunca se diz tudo sobre uma pessoa. Cada um vai entender de um jeito, mas o show é um passeio pela carreira dele. A gente sai da apresentação com a sensação de que entrou profundamente no universo de Tom. Passamos pelas parcerias e pela definição do que é o amor. Também é possível notar a maneira delicada e generosa que ele tinha de fazer um arranjo. Como não dá para fazer um show de cinco horas, espero que as pessoas pesquisem mais sobre ele. As músicas Luiza e Passarim, por exemplo, ficaram de fora.
Você tem se emocionado bastante nas apresentações. Qual é o sentimento?
Quando as pessoas vão a Paris, elas são tocadas pelo romance. Com Tom Jobim acontece a mesma coisa, impossível ouvir e não sentir o amor. Tom Jobim tem isso, ele fala do amor de forma muito bonita e sem vulgaridade. Mesmo sem estar apaixonado, você sente aquilo. Se você é adulto, com certeza já viveu muitas daquelas canções. É impossível não se emocionar. Quando eu percebo, já estou em lágrimas.
Seriam apenas seis apresentações. Você pretende seguir com esse show?
Existe convite para fazer essa apresentação no mundo inteiro, até na Polônia. Já gravamos o disco em estúdio. Acho que o trabalho deve ser lançado em junho, para o dia dos namorados. Pretendo fazer mais shows, sim.
Quando pretende lançar um disco de inéditas?
Quando surgiu o convite, eu já estava com um trabalho novo pronto. Mas essa era uma chance única. É significativo ter Tom Jobim entrando dessa maneira na minha carreira. Foi uma oportunidade de entrar em um mundo diferente do meu. Quando encerrar o projeto, vem coisa nova por aí.
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