Kiss fez show com rock clássico e truques no Anhembi
No sábado (17), tive uma espécie déjà vu. Há três anos, conferi o show do Kiss na Arena Anhembi e ontem retornei ao mesmo local para assistir a mais uma apresentação da banda. Tratava-se de uma nova turnê, que é justificada pelo álbum Monster (2012). Ainda assim, o espetáculo seguiu nos mesmos moldes da visita […]
No sábado (17), tive uma espécie déjà vu. Há três anos, conferi o show do Kiss na Arena Anhembi e ontem retornei ao mesmo local para assistir a mais uma apresentação da banda. Tratava-se de uma nova turnê, que é justificada pelo álbum Monster (2012). Ainda assim, o espetáculo seguiu nos mesmos moldes da visita anterior. Isso poderia ser um grande problema para outros grupos, mas não comprometeu em nada a performance de ontem dos quatro mascarados. Cada efeito preparado por Genne Simmons, Paul Stanley, Tommy Thayer e Eric Singer surtiu como uma grande novidade.
Após a abertura do Viper, os 25 mil fãs da banda americana de hard rock (boa parte deles devidamente maquiados) já não eram capaz de conter a ansiedade, que foi potencializada por um enorme pano preto com o nome KISS esticado no palco. Com cinco minutos de atraso, os telões foram ativados. Uma sequência de imagens do Google Earth iam em direção a São Paulo e terminavam com os músicos nos bastidores. A cortina caiu e lá estava o quarteto pronto para disparar a clássica Detroit Rock City, que terminou com o estouro de fogos de artifício. Em seguida, veio Shout it Loud e o guitarrista Paul Stanley quebrou o silêncio: “Já passamos pela Argentina e pelo Chile. Mas São Paulo é número 1. Vocês são da família Kiss”. A plateia estava no papo. Depois de Calling Dr. Love, duas músicas novas: a ótima Hell or Hallelujah e Wall of Sound. As novidades no roteiro não atrapalharam o ritmo do espetáculo.
Ao longo da noite, cada integrante teve um momento para mostrar as suas habilidades (acompanhadas de efeitos e truques). Outta this World foi marcada por um duelo nas alturas entre Tommy Thayer (guitarra) e Eric Singer (bateria). Enquanto eles executavam solos, duas plataformas os elevaram para o topo do palco. O recurso foi usado novamente no número solo do linguarudo Gene Simmons. Além de ser elevado durante God of Thunder, o baixista fez o manjado número em que cospe sangue (trash para os mais novos, delirante para o público mais velho). O guitarrista Paul Stanley, por sua vez, foi levado por uma tirolesa para a torre de controle de som no meio da plateia. Ali, tocou Love Gun.
Antes de encerrar a primeira parte com Black Diamond, Stanley brincou ao executar a introdução de Stairway To Heaven, do Led Zeppelin. O público recebeu com entusiasmo, mas ele interrompeu: “Vocês estão aqui para ouvir Kiss, certo?”. No bis, a banda retornou com com uma trinca arrasadora: Lick It Up, I Was Made for Lovin’ You e Rock and Roll All Nite.
Se o Kiss voltar em três anos, já sei como será o show. Mas estarei lá para me surpreender mais uma vez!