Frejat fala sobre DVD e série de shows com o Barão Vermelho

O cantor e compositor: show feito no Rock in Rio virou DVD (Foto: Marco Terranova)

Apesar de ter iniciado a carreira-solo há uma década, somente agora o cantor e compositor Frejat, de 50 anos, lança o seu primeiro DVD. Registrado em 2011, durante a apresentação no Rock in Rio, o trabalho serve de base para o show de quinta (6) no Credicard Hall. O músico também se prepara para as comemorações de trinta anos do disco de estreia do Barão Vermelho.

Qual o significado desse DVD?

Esse trabalho é muito especial por vários motivos. Durante mais de vinte anos, eu atuei no Barão Vermelho. Como era uma banda consagrada, podia fazer shows em grandes festivais e sempre atraía bastante gente. Agora, considero um reconhecimento da minha carreira-solo ter tocado no Rock in Rio para uma multidão. O DVD ilustra isso. Também foi importante a participação, na guitarra, do meu filho Rafael, de 16 anos.

Senti falta de extras, como cenas dos bastidores, no DVD…

Eu adoraria colocar os extras. Não foi culpa da direção. Isso ocorreu por incapacidade do pessoal encarregado por registrar o festival. Não havia material que fosse realmente interessante para incluir. Até pensei em colocar uma entrevista, mas não seria o suficiente. Por outro lado, o conteúdo principal, que é o espetáculo, está gravado da melhor maneira possível. Além de reproduzir exatamente o que foi aquela noite, a qualidade de som e imagem está muito boa.

Você gostaria que ele se tornasse músico?

Ele adora essa área e tem a possibilidade grande de seguir com isso, mas ainda é muito novo. Não cabe a mim curtir ou não a ideia. Quanto menos o Rafael souber o que penso a respeito, melhor para ele decidir. Meu filho precisa escolher o que vai fazer por paixão. Ser advogado, médico e engenheiro não dá mais a garantia de uma vida tranquila. Se você não tiver paixão, não chegará a lugar nenhum.

Há trinta anos, foi lançado o primeiro álbum, homônimo, do Barão Vermelho. Vocês vão comemorar?

Mesmo que hoje eu tenha como prioridade a carreira-solo, sem dúvida o grupo merece essa celebração. Devemos fazer alguns shows entre outubro e março. E talvez role um documentário. O primeiro disco será relançado com uma nova mixagem, e tem a possibilidade de incluirmos uma parceria inédita minha e do Cazuza — na época, nós a cortamos do repertório —, mas isso ainda está em discussão.

Os 50 anos de idade pesaram de alguma maneira?

Acho que a passagem dos 30 para os 40 foi pior. Nessa época que as ressacas começaram a ficar mais pesadas.

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