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“Pretoperitamar — O Caminho que Vai Dar Aqui”: Na mesma onda de Itamar

Dirigido por Grace Passô, o musical sobre Itamar Assumpção é coerente com a obra e a personalidade do compositor paulista, que morreu em 2003

Por Dirceu Alves Jr.
Atualizado em 23 dez 2019, 11h05 - Publicado em 23 dez 2019, 10h05
Pretoperitamar - O Caminho que Vai Dar Aqui
Pretoperitamar - O Caminho que Vai Dar Aqui (Carla Mendonça/Divulgação)
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Um musical referente ao cantor e compositor Itamar Assumpção (1949-2003) não poderia ser convencional e tampouco seguir a reza das produções do gênero. Com direção de Grace Passô, responsável ainda pela dramaturgia ao lado de Ana Maria Gonçalves, Pretoperitamar — O Caminho que Vai Dar Aqui foge o tempo inteiro da linearidade e, não raras vezes, dificulta a vida do espectador em busca de diversão palatável. É algo próximo de como sempre funcionou a obra do artista.

Tudo o que se exige em um musical está no palco. Tem canções mais e menos conhecidas, bons cantores e outros nem tanto, cenas coletivas e intimistas, episódios da vida pessoal e alguns capazes de explicar a personalidade do enfocado. Só que o projeto, concebido e coordenado por Anelis Assumpção, filha do músico, insiste em ser fiel à alma de quem o inspirou e paga o preço por isso, um constante estranhamento dos espectadores.

Itamar é representado majoritariamente por Fabrício Boliveira, ótimo ator, que transmite a energia, mas nem sempre se destaca vocalmente. Em compensação, gente que solta o gogó bonito não falta. Denise Assunção, atriz, cantora e irmã de Itamar, abre a peça como o emblemático Anjo da Anunciação e também o retrata em físico e espírito, assim como o cantor Negro Léo, outro pilar para criar imagens sobre Itamar.

As cantoras oficiais são Iara Rennó, Thalma de Freitas e a arrebatadora Tulipa Ruiz, que, em solos, duos ou trios, narram histórias e interpretam Beijo na Boca, Dodói e Espírito que Canta, entre outras. A plateia ouve um pouco espantada e poucas vezes cantarola junto.

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Os momentos de uma dramaturgia mais formal são apresentados pela atriz Claudia Missura, que começa como uma documentarista interessada em superar barreiras para fazer um filme sobre Itamar e vai se transformando em outras. Aparece na pele de uma executiva de gravadora interessada em vender discos e também dá vida a uma apresentadora de telejornal estressada com a falta de firmeza da linha editorial seguida. Ironias e críticas não faltam. Nem tudo é dito claramente e até compreendido, inclusive o final abrupto, que deixa o público em dúvida se chegou a hora de ir para casa. Tudo coerente com a onda de Itamar Assumpção (100min). 10 anos. Estreou em 28/11/2019.

+ Teatro do Sesc Pompeia. Rua Clélia, 93, Pompeia. Quinta a sábado, 21h; domingo, 18h. R$ 40,00. Até o dia 19. A partir de quinta (9).

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