Mundana companhia e Cibele Forjaz recriam “Na Selva das Cidades”, de Brecht, em andanças por São Paulo
“A Selva nas Cidades” é o nome do novo projeto da mundana companhia, idealizado pelo ator Aury Porto e encenado pela diretora Cibele Forjaz. Como o próprio título já evidencia trata-se de uma releitura, transferida para São Paulo, do texto “Na Selva das Cidades”. Escrita por Bertolt Brecht entre 1921 e 1927, a peça é […]

“A Selva nas Cidades” é o nome do novo projeto da mundana companhia, idealizado pelo ator Aury Porto e encenado pela diretora Cibele Forjaz. Como o próprio título já evidencia trata-se de uma releitura, transferida para São Paulo, do texto “Na Selva das Cidades”. Escrita por Bertolt Brecht entre 1921 e 1927, a peça é um clássico sobre a ambição e o contraste social em uma metrópole. Na trama, uma família deixa o campo em busca de melhores condições de vida. O sonho começa a desmoronar quando os personagens entram em contato com um ambiente hostil e capaz de devastar a ética e os ideais de cada um. A selva é própria cidade grande.
Nos próximos dias 11 e 12, um grupo de atores vai se reunir nos arredores do Cadeião de Pinheiros, junto ao espaço da Ceagesp, na Vila Leopoldina. Trata-se de mais uma das imersões que o elenco da Mundana tem feito em pontos estratégicos de São Paulo desde o final do ano passado e devem se estender até a metade de 2015 em um total de catorze. Aury Porto, Carol Badra, João Bresser, Lee Taylor, Luah Guimarãez, Luiza Lemmertz, Guilherme Calzavara, Mariano Mattos Martins, Washington Luiz e Vinicius Meloni já passaram por prédios de escritório da Berrini, saunas e boates do Baixo Augusta, ocupações de sem-tetos e no bairro do Aricanduva.

“A Selva nas Cidades”: os atores Aury Porto e Luah Guimarãez nas preparações para o espetáculo
Desta vez, a ideia é que eles, dramaturgicamente, estejam em um bar localizado diante de um presídio. As cenas são trabalhadas, discutidas e montadas de acordo com as observações e as surpresas de cada ambiente. O processo de pesquisa é fundamentado na investigação do contexto dos vários espaços e tempos históricos. Pode ser na Chicago de 1912, onde se passa o original; na Berlim de 1923, local da primeira montagem, ainda longe da versão final; no Teatro Oficina de 1969, em razão da encenação comandada por Zé Celso Martinez Corrêa; ou na São Paulo dos dias atuais, repleta de contradições, inclusive de ideias. A estreia está prevista para o segundo semestre em data a ser definida.
Confira um vídeo com cenas da segunda imersão, realizada nos prédios da Berrini, em 13 e 14 de dezembro. Com edição de Eder Santos Junior, as imagens são de Eder Santos e Yghor Boy.
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