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Marcos Caruso em “O Escândalo Philippe Dussaert”: adorável mentiroso

O intérprete proporciona um show refinado e bastante acessível em seu monólogo de estreia, que parte do tema da arte contemporânea e um obscuro pintor

Por Dirceu Alves Jr.
Atualizado em 6 jun 2018, 17h35 - Publicado em 17 abr 2018, 18h47
Marcos Caruso em 'O Escândalo de Philippe Dussaert' (Paula Kossatz/Divulgação)
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Ator versátil, Marcos Caruso transita há quatro décadas por dramas e comédias, muitas digestivas — e nem por isso menos marcantes. Graças a essa bagagem diversificada e, principalmente, a um certo despudor, o intérprete proporciona um show refinado e bastante acessível em seu monólogo de estreia, O Escândalo Philippe Dussaert.

O texto do francês Jacques Mougenot trata, à primeira vista, de um tema espinhoso: o mercado de arte e uma polêmica em torno de um obscuro pintor. Caruso, de cara, quebra o gelo ao receber o público na entrada do teatro. Ele abraça alguns, tira fotos com outros e distribui sorrisos para todos. Dirigida por Fernando Philbert, a encenação começa nesse momento. Só que Caruso, carismático, engana quem bem entende e continua a fazê-lo nos oitenta minutos seguintes.

+ A Pequena Sereia chega ao musical empoderada.

Uma mesa, um banquinho, alguns livros e um telão. O ator se apresenta na pele de um palestrante e revela a biografia de Philippe Dussaert. O pintor se destacou na escola como exímio copista. Reproduzia telas e forjou personalidade em releituras de clássicos, como a Mona Lisa, de Leonardo da Vinci, em uma série batizada de Ao Fundo de... A fórmula se esgotou, a vida lhe pregou peças e a tal celeuma se deu graças à exposição No Fundo, que, montada em uma sala branca, não exibia nada nas paredes.

Em sua anticomposição, Caruso esbanja técnica sem se fixar no cômico nem no absurdo e arranca gargalhadas como se falasse de algo trivial. O espetáculo levanta um profundo debate sobre as intenções de um artista e quanto um discurso bem arquitetado por alguns é capaz de convencer muita gente. Os talentosos, como Caruso, não fazem esforço e, mesmo apoiados na desconstrução, levam sua mensagem ao alcance planejado (80min). 14 anos. Estreou em 5/4/2018.

+ Teatro Faap. Rua Alagoas, 903, Pacaembu. Quinta a sábado, 21h; domingo, 18h. R$ 80,00. Até 29 de julho.

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