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3 perguntas para Cláudia Abreu, em cartaz com peça sobre Virginia Woolf

Em sua estreia como dramaturga, atriz carioca encena últimos minutos de vida da escritora britânica

Por Júlia Rodrigues
22 jul 2022, 10h58
Cláudia Abreu: últimos momentos de Virginia Woolf
Cláudia Abreu: últimos momentos de Virginia Woolf (Pablo Henriques/Divulgação)
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Virginia não só é o primeiro monólogo de Cláudia Abreu, com uma carreira de sucesso na televisão e no teatro, mas também o primeiro texto dramatúrgico da atriz carioca. No Sesc 24 de Maio, Cláudia está sozinha, traja um longo vestido branco e encena passagens trágicas e inspiradoras da vida de Virginia Woolf (1882-1941), a partir de fluxos de consciência, narrativa característica da autora britânica.

Durante uma hora, o público entra na cabeça de Virginia em seus momentos finais, antes de encher os bolsos de pedras e se afogar no Rio Ouse. A peça, que está com os ingressos esgotados, segue em agosto para Belo Horizonte. Quem não conseguiu um bilhete tem a chance de ler Virginia — Um Inventário Íntimo (Nós, 48 págs., R$ 45,00), com o texto do espetáculo.

Por que encenar Virginia Woolf?

A primeira vez que encenei uma peça baseada em Virginia foi aos 18 anos (Orlando, 1989, dirigida por Bia Lessa). Foi aí que entrei em contato com a obra dela. Fiquei uns vinte anos sem ler os livros e só a revisitei recentemente, enquanto fazia aulas de literatura. Eu dizia a minha professora que tinha vontade de escrever algo sobre fluxos de consciência, tinha umas ideias soltas. Então, ela me falou: “Você precisa ler Virginia Woolf!”, e me deu Mrs. Dalloway (1925). Depois eu li Ao Farol (1927), fui lendo tudo dela e ficando absolutamente apaixonada e muito identificada com a sensibilidade e a percepção fina da realidade de Virginia. Também li os diários, memórias e biografias e cheguei à conclusão de que o que eu queria escrever era sobre ela, sobre a vida dela. Fiquei fascinada com o que ela fez do que a vida fez dela. Em como ela passou por tantas adversidades e, mesmo assim, construiu uma obra brilhante.

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Desde que atuou em Orlando, o que mudou em sua percepção da obra de Virginia e em sua relação com a escritora?

Mudou tudo. Idade não significa necessariamente sensibilidade. Acho que você pode ler Virginia Woolf aos 18, com a idade que for, mas, agora, com toda a minha vivência sobre os vários assuntos abordados na peça, me bateu de um jeito diferente.

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O que você acha que a escritora tem a ensinar nos dias de hoje, principalmente às mulheres?

Ela foi uma das primeiras feministas. Foi uma mulher que sofreu abuso, foi impedida de frequentar a escola. Tudo o que é dito na peça é muito atual. Temos de falar da condição da mulher sempre.

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Publicado em VEJA São Paulo de 27 de julho de 2022, edição nº 2799

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