Avatar do usuário logado
OLÁ,
Imagem Blog

Na Plateia

Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
Indicações do que assistir no teatro (musicais, comédia, dança, etc.)

Claudia Raia estreia “Raia 30 – O Musical” e lista as personagens mais marcantes de sua carreira

Claudia Raia ensaia dia e noite nas últimas semanas e ainda encontra um tempo para bater papo. A proposta foi relembrar os momentos mais significativos de três décadas de carreira. Ideia lançada, e Claudia prontamente já começa a listar. “Tudo começou com ‘A Chorus Line’. Foi ali que as pessoas me viram pela primeira vez”, […]

Por Dirceu Alves Jr.
Atualizado em 26 fev 2017, 15h36 - Publicado em 16 jul 2015, 14h57
 (/)
Continua após publicidade
Claudia Raia: "Raia 30 O Musical" estreia no Theatro Net (Foto: Paschal Rodriguez)

“Raia 30 – O Musical”: espetáculo ocupa o Theatro Net a partir do dia 24 (Foto: Paschal Rodriguez)

Claudia Raia ensaia dia e noite nas últimas semanas e ainda encontra um tempo para bater papo. A proposta foi relembrar os momentos mais significativos de três décadas de carreira. Ideia lançada, e Claudia prontamente já começa a listar. “Tudo começou com ‘A Chorus Line’. Foi ali que as pessoas me viram pela primeira vez”, lembra ela, referindo-se ao musical lançado em 1983. Opa, mas, então é um pouco mais de 30 anos, não? “É… Minha primeira novela foi “Roque Santeiro”, em 1985, e ali eu conheci um sucesso popular”, justifica a estrela de 48 anos.

+ A trajetória de Claudia Raia nos musicais.

Com direção cênica de José Possi Neto e texto de Miguel Falabella, a atriz e bailarina estreia “Raia 30 – O Musical” no dia 24 de julho no Theatro Net, no Shopping Vila Olímpia, em São Paulo. “Não pretendo montar uma coisa revisionista. Eu ganhei muito da vida e quero fazer um brinde com o meu público”, avisa. No palco, Claudia revive algumas personagens marcantes. Entre elas estão a atrapalhada Tancinha da novela “Sassaricando”, a presidiária Tonhão do humorístico “TV Pirata”, além da prostituta Sally Bowles do espetáculo “Cabaret”. A temporada é de quintas a domingos, com ingressos entre R$ 50,00 e R$ 180,00, até 18 de outubro.´Conheça um pouco mais das histórias de Claudia e suas personagens.

Continua após a publicidade

Tancinha, da novela “Sassaricando” (1987/1988)

“Foi minha primeira grande personagem, uma explosão de popularidade em meio a um elenco de estrelas. Paulo Autran, Tônia Carrero, Eva Wilma, Lolita Rodrigues, Irene Ravache, enfim… A Tancinha marca o início da minha parceria com Silvio de Abreu, uma relação de trabalho e admiração que permanece firme até hoje. Um dia, eu estava nos corredores da Globo, em uma pausa da gravação de “O Outro”, a minha novela anterior, e o Silvio me chamou: ‘Claudia, estou criando um papel para você na próxima história. Topa?’. A vida é assim, e você precisa aprender a aproveitar as oportunidades que aparecem. Quando alguém estende a mão, você precisa corresponder e não rejeitar a chance.”

A Tancinha da novela "Sassaricando": primeira parceria com Silvio de Abreu (Foto: Oscar Cabral)

A Tancinha de “Sassaricando”: primeira parceria com Silvio de Abreu (Foto: Oscar Cabral)

TV Pirata” (1988 a 1990)

Continua após a publicidade

“Ah, o ‘TV Pirata’ foi a oportunidade que tive para mostrar ao Brasil que não era só uma bunda. Não nego que sou uma mulher bonita, tenho 1,80 metro e chamo atenção, mas não queria estacionar nesse estereótipo. De repente, estava no meio de um elenco de feras, todos especializados em comédia sofisticada. Ali, não era só a piada. A caracterização do personagem era muito importante e só um bom ator para convencer o público. Três anos e centenas de tipos diferentes. De repente, o Tonhão caiu na minha mão. Uma presidiária sapata! As pessoas falam como se o programa tivesse sido exibido ontem. O talento de diretor do Guel Arraes orquestrava tudo e, nos anos 90, depois do fim da ‘TV Pirata’, ainda fiz ótimos casos especiais com ele.”

A presidiária lésbica Tonhão em "TV Pirata": teste de versatilidade (Foto: Oscar Cabral)

A presidiária lésbica Tonhão em “TV Pirata”: versatilidade cômica desafiada (Foto: Oscar Cabral)

A minissérie “Engraçadinha, Seus Amores e Seus Pecados” (1995)

“A grande virada da minha carreira. Na primeira fase da minissérie, a personagem foi interpretada pela Alessandra Negrini, que arrasou. A diretora Denise Saraceni sugeriu meu nome para a Engraçadinha madura, e o Carlos Manga, que era o diretor-geral, vetou. “A Claudia não é uma mulher rodriguiana, a personagem é comum, sem graça”, disse ele. Ainda por cinema, eu tinha 27 anos, e a personagem uns 45. Denise me chamou para um teste escondida. Fui até a Globo em um meio de semana, depois das 23h, e gravamos algumas cenas. Ela mostrou o material para o Manga e até desculpas ele me pediu (risos). Depois da Engraçadinha, percebi que enfrento qualquer coisa. Posso ser a mocinha, a macaca ou a vilã.”

Continua após a publicidade
Claudia e Pedro Paulo Rangel em "Engraçadinha": teste secreto na Globo para o papel (Foto: Divulgação)

Claudia e Pedro Paulo Rangel em “Engraçadinha”: teste secreto para o papel (Foto: Divulgação)

Charity Hope Valentine, do musical “Sweet Charity” (2006/2007)

“Olha, esse musical foi um dos maiores desafios da minha carreira, talvez o maior. Ali, eu misturei teatro de revista, Bob Fosse e Lennie Dale, as minhas grandes influências. A personagem era uma perdedora, uma desiludida. O espectador precisava me adotar como se eu fosse um cobertor velho e ficar penalizar, sentir vontade de me levar para casa. Passei a vida vendo o filme ‘Noites de Cabíria’, no qual a história é inspirada, e me lembrava da magistral interpretação da Giulietta Masina, toda pequenina, toda econômica. Sem falar que aquela mulher, capaz de transmitir na tela essa grandiosidade, devia bater na minha cintura, não?”

Continua após a publicidade

+ Leia entrevista com a atriz e cantora Amanda Acosta.

"Sweet Charity": personagem inspirada no papel de Giulietta Masina em "Noites de Cabíria"

“Sweet Charity”: personagem inspirada no papel de Giulietta Masina no filme “Noites de Cabíria”

Sally Bowles, do musical “Cabaret” (2011/2012)

“Foi um jogo de gato e rato que durou uns 20 anos. Primeiro, eu fui convidada, mas a Globo me chamou para uma novela e precisei declinar. Então, tempos depois, tentava comprar os direitos autorais para montar e nunca estavam disponíveis. De repente, surgia uma possibilidade de novo, mas eu não podia por causa de outro trabalho ou por uma questão pessoal. Ficava pensando: ‘caramba, será que eu nunca vou conseguir interpretar a Sally Bowles?’. Sim, o tempo estava passando, daqui a pouco eu não teria mais idade para ela. Até que chegou a hora e entendi que, no fundo, me preparei muito para esse papel. Antes, talvez não tivesse maturidade para encarar ‘Cabaret’. Tanto que o resultado ficou diferente do filme. A minha Sally é uma mulher pesada, prostituta, bêbada, sem ingenuidade alguma. Para chegar nela, eu precisei passar pela Engraçadinha e pela Donatella, da novela ‘A Favorita’, por exemplo.”

Continua após a publicidade

+ Leia perfil de Jarbas Homem de Mello.

Claudia Raia com o elenco de "Cabaret" (2011): sonho acalento durante duas décadas (Foto: Divulgação)

Claudia Raia com o elenco de “Cabaret”: sonho acalento durante duas décadas (Fotos: Divulgação)

Quer saber mais sobre teatro? Clique aqui.

Publicidade

Essa é uma matéria fechada para assinantes.
Se você já é assinante clique aqui para ter acesso a esse e outros conteúdos de jornalismo de qualidade.

Domine o fato. Confie na fonte.
10 grandes marcas em uma única assinatura digital
Impressa + Digital no App
Impressa + Digital
Impressa + Digital no App

Informação de qualidade e confiável, a apenas um clique.

Assinando Veja você recebe semanalmente Veja SP* e tem acesso ilimitado ao site e às edições digitais nos aplicativos de Veja, Veja SP, Veja Rio, Veja Saúde, Claudia, Superinteressante, Quatro Rodas, Você SA e Você RH.
*Para assinantes da cidade de São Paulo

A partir de 35,90/mês

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.