Tom Zé relembra três discos marcantes da carreira

Ao mesmo tempo que Tom Zé marcava presença na trupe de Tropicália ou Panis et Circensis, que mudou o cenário da música nacional, ele colocava à disposição Grande Liquidação, um retrato ao seu modo das dinâmicas da cidade de São Paulo. Demorou um pouco para que as suas composições e experimentações fossem aclamadas. Aos 82
anos e de criatividade para lá de fértil, o compositor se mantém na estrada, agora, com um projeto novo, batizado de Comemoração, que vai abordar três dos seus 23 registros. Entram o próprio Grande Liquidação, de 1968, Estudando o Samba, de 1976 (e que Tom considera ter sido reconhecido só depois de ser citado por David Byrne, do Talking Heads) e Nave Maria, de 1984. A empreitada e a escolha feita por ele vieram inspiradas nas críticas positivas tecidas a esses trabalhos pelo portal americano Pitchfork, dedicado à música. Devem aparecer no roteiro São São Paulo, Gloria, Tô, Dói e Nave Mãe. Além do repertório, o compositor montou uma banda especial para acompanhá-lo: Daniel Maia, nas guitarras e vocal, Cristina Carneiro, no teclado, e Jarbas Mariz, no bandolim, percussão e na viola de doze cordas.

Casa Natura Musical. Rua Artur de Azevedo, 2134, Pinheiros, ☎ 3031-4143. Sábado (17), 22h. R$ 80,00 a R$ 160,00.

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