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Taylor Swift, Gaga e Lil Peep: três documentários para ver

Filmes mostram os bastidores, cobranças e expectativas das carreiras dos artistas contemporâneos

Por Juliene Moretti Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 20 mar 2020, 11h02 - Publicado em 20 mar 2020, 07h00
Taylor: bastidores de 'Lover' (Divulgação/Veja SP)
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EVERYBODY’S EVERYTHING
Apesar do sucesso nos Estados Unidos e na Europa, Lil Peep não chegou propriamente a ser conhecido por aqui e chamou mais atenção com o anúncio de sua morte, no fim de 2017, por overdose no backstage de uma casa de shows onde se apresentaria. O documentário Everybody’s Everything conta a trajetória do garoto que se tornou uma estrela em ascensão e se apagou repentinamente. Peep, ou Gus, fazia parte de um movimento dentro do rap americano mais recente, o rap-emo, com composições mais melancólicas, que abordam ansiedade, desilusões das mais variadas e abuso de ansiolíticos e antidepressivos. Peep era um dos destaques, não só pelas composições, mas pelas apresentações mais anárquicas.

A narrativa flui a partir das cartas de seu avô, Pack Ack, com imagens da infância, depoimentos emocionados da mãe, Liza Womack, professoras e amigos, parceiros musicais, empresários, sequências de shows e até incursões no mundo da moda. Vêm à tona as cobranças ao artista — de todos os lados — e a vontade que ele tinha de atender a todas as expectativas. Em uma das cenas, aparece paralisado em cima do palco, depois de passar mal por causa do uso de drogas, com sua equipe olhando sem reação, torcendo para que mantivesse o espetáculo. O produtor de Peep encontrou-o morto dentro do ônibus da turnê, por overdose de fentanil e alprazolam.

Lil Peep
Rapper Lil Peep: morte prematura por overdose de ansiolítico e antidepressivo (Scott Dudelson/Getty Images/Veja SP)

MISS AMERICANA
Taylor Swift costuma ter suas ações e decisões postas em evidência, o que nem sempre leva a conclusões verdadeiras ou positivas. Não ajuda o fato de ela ser avessa a entrevistas. No documentário Miss Americana, ela conta suas versões das polêmicas que passaram por sua trajetória a partir dos bastidores da produção do disco Lover, seu último trabalho. Taylor mostra seu processo de expandir a sonoridade e o público para além do gênero da country music.

Estão ali as controvérsias com outras personalidades do showbiz, como o momento da invasão de Kanye West durante seu discurso em 2009, os julgamentos da mídia (uma repórter chega a lhe perguntar quem seria o acompanhante dela naquela noite) e um processo judicial que a fez enfrentar um homem que havia feito assédio sexual a ela. Cobranças e associações políticas se mesclam com as dificuldades de se provar como compositora e artista mulher, enquanto encara o tratamento de câncer da mãe.

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Gaga: Five Foot Two
Gaga: por trás de Joanne (Divulgação/Veja SP)

GAGA: FIVE FOOT TWO
Grandes espetáculos, glamour, entrevistas, sessões de fotos, contatos, romances… Mas o que acontece quando as cortinas se fecham e é preciso organizar e produzir um novo disco? Gaga: Five Foot Two aborda a produção de seu quinto álbum, Joanne, quando a artista tinha acabado de receber o convite para participar de Nasce uma Estrela, com Bradley Cooper. Uma das principais cantoras do pop internacional, Gaga é vista como destemida, provocativa e cheia de bandeiras.

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No documentário, tenta se mostrar mais frágil. Abre a casa, cozinha, participa de um batizado entre os familiares, fala das crises de namoro, desabafa a mágoa que sente por causa das críticas de Madonna e escancara o tratamento das dores crônicas e fadiga que a acometem. Musicalmente, ela também se mostra vulnerável ao apresentar partes das produções a pessoas próximas. A câmera a acompanha o tempo inteiro, e os depoimentos são dados por meio de conversas com interlocutores ao seu redor, como o requisitado produtor Mark Ronson, que tem seu carro levemente danificado por Gaga em uma das cenas.

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