Em show nostálgico, Guns N’Roses impressiona público no Allianz Parque
A expectativa para o show do Guns N’Roses no Allianz Parque era comedida. Axl Rose, Slash e Duff McKagan, trio icônico da banda, não chegaram a esgotar os ingressos da apresentação desta sexta (11), mas ainda assim arrastaram 45 000 pessoas para o estádio mesmo em noite de chuva intensa. Uma das dúvidas era, claro, […]
A expectativa para o show do Guns N’Roses no Allianz Parque era comedida. Axl Rose, Slash e Duff McKagan, trio icônico da banda, não chegaram a esgotar os ingressos da apresentação desta sexta (11), mas ainda assim arrastaram 45 000 pessoas para o estádio mesmo em noite de chuva intensa.
Uma das dúvidas era, claro, a performance de Axl. Nas últimas vezes por aqui, o vocalista deixou a desejar em apresentações que passaram batidas. Poderia ser assim desta vez? Não foi. Pelo contrário. Axl estava sério, porém presente. Quase não interagiu com os outros membros do grupo e nem mesmo com a plateia, que cantava enlouquecidamente.
Aos 54 anos, trocou os shorts justos pelas calças jeans e camisetas. Seus movimentos no palco também destoavam do Axl fim dos anos 80. Nada de pular sobre caixas de som e correr de um lado para o outro (em um momento, chegou a entoar a canção sentado mesmo na escadaria montada espaço). Está perdoado. Ele conseguiu mostrar porque, ao lado de Duff e Slah, que o ingresso valeria a pena.
O grupo entrou no palco pontualmente às 21h30, apesar de o show estar marcado para às 21h, já gritando com a música It’s So Easy, com execução digna do Guns de antigamente. O público foi ao delírio logo aí e ficou impressionado mais ainda quando fogos de artifício disparados na beira do palco. Ninguém esperava por pirotecnias na fase inicial da apresentação. E não terminou por aí: ainda teve labaredas de fogo coordenadas com as faixas e chuva de papel durante as duas horas e meia de show.
A plateia ficou mais tranquila, segura de que seria um grande espetáculo. Os hits seguiram com Mr. Brownstone, Welcome to the Jungle, Estranged e Live and Let Die, tocadas de forma emocionante. Para pegar a cerveja no bar ou dar uma corridinha ao banheiro, precisava esperar This I Love, Better e Chinese Democracy. Mas tinha que voltar correndo para não perder a intensa Civil War, quando o público assistiu hipnotizado, ou Sweet Child O’Mine, que apesar de chatinha empolgou demais e mostrou que Axl ainda aguenta o tranco (apesar de ter tirado Patience do setlist, que demanda um gás no fôlego).
Axl deixou de ser o centro das atenções por diversas vezes. O cover de Wish You Were Here, do Pink Floyd, foi tocado apenas com instrumentos e Slash garantiu suas horas de destaque com solos que fazia a turma berrar e aplaudir depois da execução. E merecidamente.
You Could be Mine e November Rain, que quando tocou já não chovia e assim evitou qualquer legenda clichê nas fotos postadas em redes sociais, Knockin’ On Heaven’s Door, Nightrain e Don’t Cry fizeram parte do setlist quase perfeito a ponto de o bis passar desapercebido. Paradise City encerrou a noite deixando a sensação de que deveria ter durado mais.
Eles voltam para mais um show no Allianz Parque, neste sábado (12), às 21h30. Ainda há ingressos disponíveis.