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Movida Paulistana

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À frente de projetos de impacto sociocultural, como o bloco Acadêmicos do Baixo Augusta, a recém-aberta Formosa Hi-Fi e o saudoso Studio SP, Alê Youssef construiu uma consistente carreira na área cultural. Em Movida Paulistana, às quintas-feiras, ele vai abordar as correntes vanguardistas com seu olhar atento para o que há de mais inspirador

Samba em SP: resistência e crescimento

Música sertaneja ainda lidera as preferências musicais com 40%, mas o samba e o pagode vêm logo atrás diminuindo a distância, com 34%

Por Alê Youssef
9 out 2025, 08h00
Roda Dois Dois, no centro de São Paulo
Roda Dois Dois, no centro de São Paulo (Instagram/Reprodução)
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Centenas de rodas de samba acontecem por final de semana, espalhadas por todas as regiões de São Paulo. O samba não apenas resiste, mas cresce — e, o mais importante, conquista as novas gerações que claramente adotaram as roda como espaços de cultura e lazer.

Pesquisa sobre Hábitos Culturais nas Capitais Brasileiras lançada esse ano, pela J. Leiva com apoio da Fundação Itaú, aponta que em São Paulo, a música sertaneja- assim como em todas as capitais do país – ainda lidera as preferências musicais com 40%, mas o samba e o pagode vêm logo atrás diminuindo a distância, com 34%.

Rodas

A realidade é que o samba voltou a ocupar o centro do gosto cultural da cidade. São Paulo tem uma tradição de samba que vem de longe. Nasceu na rua com as rodas do Largo da Banana no inicio do século XX.

Em 1914, surgiu a Banda da Barra Funda, que deu origem à Camisa Verde e Branco, e nos anos 20 o cordão Cai-Cai que originou o Vai-Vai no Bixiga.

Rodas tradicionais como Pagode da 27 do Grajaú, Berço do Samba de São Mateus, Samba do Cruz na Casa Verde e Samba da Vela de Santo Amaro literalidade mantiveram a chama acesa, com afirmação, convivência e memória coletiva.

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Nos anos 2000, aconteceu a incrível retomada de Carnaval de rua. Blocos como os Acadêmicos do Baixo Augusta e tantos outros passaram a ocupar a cidade, trazendo de volta a cultura popular para as ruas e esquinas da metrópole.

Com as rodas rompendo fronteiras territoriais, o samba envolveu inclusive a elite cultural paulistana, que – verdade seja dita – por muito tempo torceu o nariz para um bom pagode. O ritmo passou a ser – também por aqui – um raro ponto de encontro entre diferentes gerações e classes sociais.

Nossa homenagem aos cardeais do samba paulista Madrinha Eunice, Tobias da Mocidade, Seu Pé Rachado, Seu Nenê e Carlão do Peruche. E viva Adorinan Barbosa, Paulo Vanzolini, Geraldo Filme e tantos outros que construíram as bases dessa história. Viva o samba de São Paulo!

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