O novo entorno do antigo Pasquale
Até 2011, o premiadíssimo restaurante Pasquale, vencedor por cinco vezes na categoria cantina do prêmio Comer & Beber, concedido por Veja São Paulo, funcionou em um terreno na Rua Amália de Noronha, em Pinheiros, a poucos metros da estação Sumaré do metrô. Chegou ali em 2005, após ter iniciado suas atividades em uma rotisseria improvisada […]
Até 2011, o premiadíssimo restaurante Pasquale, vencedor por cinco vezes na categoria cantina do prêmio Comer & Beber, concedido por Veja São Paulo, funcionou em um terreno na Rua Amália de Noronha, em Pinheiros, a poucos metros da estação Sumaré do metrô. Chegou ali em 2005, após ter iniciado suas atividades em uma rotisseria improvisada para desempenhar o papel de restaurante na Rua Cônego Eugênio Leite, no mesmo bairro. O movimento ia de vento em popa até os proprietários o chef Pasquale Nigro e sua filha Giuliana serem surpreendidos por uma ação relâmpago da prefeitura. Por volta do meio dia da sexta dia 5 de março de 2010, o estabelecimento foi lacrado com um bloco de concreto na entrada por falta de alvará. Meses depois, a cantina saiu do imóvel e reabriu as portas na Rua Girassol, na Vila Madalena, onde segue funcionando e brilhando.
O antigo local que ocupava em Pinheiros foi demolido, assim como vários de seus vizinhos geminados. O amplo terreno que se formou deu origem a um edifício comercial inaugurado no ano passado, evidenciando a nova fase de expansão daquela área.
Neste mesmo quarteirão da Rua Amália de Noronha, num trecho de cerca de cem metros, dois outros prédios surgirão bem em breve. Cada um deles está sendo erguido próximo a uma esquina, um na da Rua Oscar Freire e o outro na da Capote Valente. Ou seja, serão três novos prédios no mesmo CEP num curtíssimo intervalo.
Com tanta movimentação, a Rua Amália de Noronha já dá sinais de saturação. Vive congestionada neste pedaço, que ainda acomoda um ponto de ônibus e tem carros estacionados na guia atrapalhando a passagem. Suas calçadas mal comportam a quantidade de pedestres, sejam usuários do metrô ou estudantes da Faculdade Sumaré, a poucos metros do local. O panorama tende a piorar quando os frequentadores dos futuros edifícios se instalarem por ali.
Mas o caso da Amália de Noronha é um paradoxo porque, se por um lado haverá um fluxo difícil de administrar, por outro há uma estação de metrô bem pertinho para desafogar essa confusão (desde que, é claro, as pessoas se disponham a deixar o carro em casa e usar os trens). A verticalização de áreas próximas ao metrô deveria ser mais incentivada como esforço de reduzir os deslocamentos de carro na cidade.