Simone Esmanhotto – São Paulo na Moda
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Segunda-feira de… calça jeans rasgada
O look de sexta-feira antecipou a obsessão desta semana: jeans com cara de sobrevivente de guerra. Rasgado, puído, manchado. E para ser usado como se fosse roupa de pisar no tapete vermelho. Se você é advogada, chefe da liga da justiça ou trabalha de uniforme — o que, na maioria dos casos, quer dizer a […]
Jeans rasgado, detonado, avariado, manchado: para usar basta subir no salto (foto Tommy Ton)
O look de sexta-feira antecipou a obsessão desta semana: jeans com cara de sobrevivente de guerra. Rasgado, puído, manchado. E para ser usado como se fosse roupa de pisar no tapete vermelho.
Se você é advogada, chefe da liga da justiça ou trabalha de uniforme — o que, na maioria dos casos, quer dizer a mesma coisa — lamento que os códigos de conduta não permitam essa liberdade que o (saudosérrimo) revolucionário do guarda-roupa feminino, Yves Saint Laurent, confessou que amaria ter inventado.
Ao mesmo tempo, aposto que a sua alma presa no tailleur bem cortado vai compreender que delícia é poder revezar a saia-lápis com um jeans surrado — sem descer do salto.
Para quem pode aproveitar esse momento “alta costura” do velho jeans de guerra, o segredo é simples de ser decodificado.
Veja o caso desta moça sorridente passeando por Paris: no lugar da calça jeans rasgada, imagine uma calça de alfaiataria e você terá um perfeito look advogada, chefes & afins.
O que ela fez, então? Tirou uma peça correta e “bagunçou” o visual com o jeans.
Mas o resto continua impecável. Repare nos outros truques de estilo: a camisa vai para dentro da calça, que é arrematada com o cinto. O cabelo está arrumado; maquiagem, idem. Ela usa uma pulseira de ouro (que poderia ser uma argola classuda de metal dourado — quilate aqui, não importa).
Essa é a moral desse capítulo do jeans na nossa vida. Ele não é um sinal de preguiça de se vestir, de descuido, desalinho ou desrespeito aos códigos de (bem) vestir. É uma escolha bem pensada. Um sinal de amor ao conforto e uma certa provocaçãozinha das “advogadas” do diabinho fashion, que convidam a uma forma mais século 21 de encarar a roupa de trabalho.
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