Imagem Blog

Memória

Por Blog Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
Uma viagem no tempo às décadas passadas por meio de suas histórias, costumes e curiosidades.
Continua após publicidade

Ibirapuera pode ganhar restaurante anexo ao Manequinho Lopes

Projeto de concessão do parque propõe a criação de espaço gastronômico em parte não tombada do viveiro, sem prejudicar suas atividades normais

Por Thaís Oliveira Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 23 mar 2018, 06h00 - Publicado em 23 mar 2018, 06h00
O local nas década de 80 (Milton Shirata/Veja SP)
Continua após publicidade

Na semana passada, encerrou-se o período de consulta pública para o projeto de concessão do Parque Ibirapuera à iniciativa privada. Entre outras propostas, uma das mais polêmicas é a que prevê a instalação de um restaurante de 400 metros quadrados e um café no Viveiro Manequinho Lopes. Como o espaço é preservado pelos Conselhos Municipal (Conpresp) e Estadual (Condephaat) de patrimônio histórico desde 1992, a ideia é ocupar uma área não incluída no processo de tombamento.

A prefeitura garante que a futura concessionária será obrigada a reformar as estufas e manter o viveiro aberto ao público. Ainda assim, o projeto motivou a criação de um abaixo-assinado virtual, com mais de 39 000 adesões, contra mudanças no local.

MANEQUINHO LOPES IBIRAPUERA
O viveira na década de 30 (BenedIto Junqueira Duarte/Secretaria do Verde e do Meio-ambiente/Veja SP)

A história do Manequinho Lopes é ainda anterior à do próprio Parque Ibirapuera. Em 1916, o então prefeito Washington Luís adquiriu um terreno na Vila Clementino com a intenção de inaugurar um parque nos moldes do parisiense Bois de Boulogne e do londrino Hyde Park. Isso ocorreu em 1928 — o Ibirapuera surgiu em 1954 —, mas o espaço esteve perto de virar um fracasso, pois a região era pantanosa demais.

A mudança das características do solo foi possível graças ao trabalho do jornalista Manoel Lopes de Oliveira Filho, mais conhecido como Manequinho, que teve a ideia de plantar algumas árvores para reduzir a umidade. Surgiram eucaliptos australianos, arbustos, trepadeiras e flores. Figura folclórica, ele circulava por lá com seu guarda-chuva, mesmo em dias de sol, cutucando os canteiros.

Continua após a publicidade
Manequinho Lopes, jornalista e entomologista.
O jornalista que batiza o espaço: plantas ajudaram o pântano (Reprodução/Veja SP)

Após anos sem reforma, o viveiro foi revitalizado em 1993, por um projeto do arquiteto roberto Burle Marx. Atualmente, há dez estufas e 92 canteiros que produzem 67 000 mudas por mês.

 

Publicidade

Essa é uma matéria fechada para assinantes.
Se você já é assinante clique aqui para ter acesso a esse e outros conteúdos de jornalismo de qualidade.

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

Impressa + Digital no App
Impressa + Digital
Impressa + Digital no App

Informação de qualidade e confiável, a apenas um clique.

Assinando Veja você recebe semanalmente Veja SP* e tem acesso ilimitado ao site e às edições digitais nos aplicativos de Veja, Veja SP, Veja Rio, Veja Saúde, Claudia, Superinteressante, Quatro Rodas, Você SA e Você RH.
*Para assinantes da cidade de São Paulo

a partir de 39,96/mês

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.