Chuck Jones foi um mestre nos desenhos animados, dirigindo e criando grande parte dos episódios dos Looney Tunes, como Pernalonga e companhia. Talvez seu mais lembrado legado seja esta série de desenhos onde o desesperado coiote, fã número 1 dos produtos ACME, tenta pegar o bicho mais rápido do deserto americano, o Papa-Léguas.
Abertura original
Os episódios mostravam invariavelmente a incansável perseguição do faminto coiote, (que talvez você não saiba, mas ele tem um nome – Willie E. Coyote) ao rápido pássaro do deserto. O coiote é o cliente mais assíduo da fábrica ACME, que manufatura de tudo, de patins a foguetes, apetrechos que ajudam, ou deveriam ajudar o pobre faminto a finalmente pegar sua presa.
Este é um dos raros casos em que toda a audiência torce pelo sucesso do vilão, não porque o heroi não mereça, mas porque o coiote é tão insistente, tão otimista e tão ingênuo que atrai toda a atenção para si. É impossível assistir a um episódio e não torcer para que uma das armadilhas mirabolantes do pobre coiote finalmente dê certo.
Abertura como era no Brasil, somente instrumental
Além das mirabolantes perseguições, uma curiosidade aparece em praticamente todos os episódios. Nomes científicos (fictícios, é claro) para o coiote e o pássaro são sempre trocados e fazem um trocadilho com a condição deles no desenho, como, por exemplo, “Acelerati Incredibus” para o Papa-Léguas e “Carnivorous Vulgaris” para o Coiote.
As aventuras sob o comando de Chuck Jones duraram 23 episódios, de 1949 até 1962, quando Chuck saiu dos estúdios Warner pra cuidar da sua própria produtora de animações. Depois de sua saída, mais 24 episódios foram produzidos até 2003, mas sem dúvida a safra sob a batuta de Chuck traz a melhor fase do desenho.
Trecho de episódio de 1956, ainda sob a batuta de Chuck Jones