Discoteca Nation reabre nos Jardins
Berço da cena "clubber", casa funcionava no subsolo da Galeria América
Ícone das baladas techno e house da virada dos anos 80 para os 90, a Nation acaba de reabrir as portas após mais de vinte anos de ausência na noite paulistana. No último dia 18, a casa voltou a ocupar o endereço original — no subsolo da Galeria América, na altura do número 2203 da rua Augusta, nos Jardins.
Seus sócios também têm relação antiga com o negócio. Mauro Borges foi o primeiro DJ a tocar no local e Rui Albuquerque é irmão de Chiquinho, o criador do estabelecimento. O trio é completado pelo empresário da noite Gerson Rodrigues, dono do Madame. A ideia é tocar apenas músicas dos anos 80 e 90. A primeira versão da Nation funcionou por meros três anos, entre 1988 e 1991.
Esse curto período, no entanto, foi suficiente para que a casa marcasse a noite alternativa da capital, ao se tornar o berço da cena “clubber” e arrastar celebridades para sua pequena pista. Nomes como Zeca Camargo, Regina Casé, Renato Russo e Alexandre Herchcovitch costumavam sacudir o esqueleto por lá. Com 150 metros quadrados de área e decoração bem simples, um de seus diferenciais era atrair um público gay. Outro atrativo era a música dançante e eletrônica.
Hits de bandas e artistas como Depeche Mode, 808 State, Madonna, Deee-Lite e faixas de house selecionadas por DJs como Felipe Venancio, Mau Mau e Renato Lopes animavam os frequentadores. a turma costumava ir embora após as 8 da manhã. “Era uma balada para ir de madrugada, quando todos os outros lugares estavam fechados”, conta Borges.