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Filmes e Séries - Por Mattheus Goto

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Anthony Hopkins encarna britânico que salvou crianças do nazismo em filme

‘Uma Vida’ conta a história do humanitário Nicholas Winton; em entrevista a Vejinha, o diretor James Hawes relaciona o filme com a crise dos refugiados

Por Mattheus Goto
15 mar 2024, 06h00
Anthony Hopkins no papel de Nicholas Winton, em 1988: cena do filme 'Uma Vida'
Anthony Hopkins no papel de Nicholas Winton, em 1988: cena do filme 'Uma Vida' (Diamond Films/Divulgação)
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✪✪✪ O humanitário britânico Nicholas Winton (1909-2015), que salvou 669 crianças durante o Holocausto, é homenageado em Uma Vida – A História de Nicholas Winton, que acaba de chegar aos cinemas. Dirigido por James Hawes e protagonizado por Anthony Hopkins (Meu Pai, Dois Papas), o filme viaja no tempo entre dois momentos diferentes.

No primeiro, em 1938, o jovem Nicholas (interpretado por Johnny Flynn) visita Praga, capital da República Checa, e se depara com as condições precárias de famílias sob ameaça da invasão alemã, dando início ao resgate dos menores. O foco maior é no que acontece cinquenta anos depois, quando o benfeitor (então encarnado por Hopkins) vive assombrado pelo destino dos garotos que não conseguiu levar em segurança para seu país. Por meio de reencontros com pessoas resgatadas, ele é capaz de se libertar da culpa.

A história é emocionante, pela iniciativa notável de Winton, que foi corretor da bolsa de valores antes dessa ação. A atuação de Hopkins emociona ao dar profundidade ao personagem e sair do retrato histórico convencional durante a Segunda Guerra Mundial.

“É uma história poderosa, que não tinha sido contada”, disse James Hawes, em entrevista à Vejinha. Para o diretor, que estreia no comando de um filme, a obra conversa diretamente com questões atuais, como a crise de refugiados na Europa. “É negativo fingir que nada está acontecendo. A história de Nicholas mostra que o problema tem a ver com todo mundo”.

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Ele acredita que a lição prática do longa é fazer o espectador questionar o significado da palavra “refugiado”. “Tendemos a achar que se trata de uma pessoa necessitada. Essas pessoas são como nós. E Nicholas também era de uma família de refugiados”, afirma.

Publicado em VEJA São Paulo de 15 de março de 2024, edição nº 2884

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