‘Sing Sing’ mostra ternura e sensibilidade de detentos por meio da arte
Colman Domingo brilha em longa de Greg Kwedar, inspirado em uma história real, sobre penitenciários em Nova York

O erro faz parte da essência humana. Sing Sing mostra como dói assumir a culpa (pelos próprios crimes ou dos outros) e não ser reconhecido. A oportunidade da redenção se mostra gloriosa e gera frutos valiosos, como os vistos no filme de Greg Kwedar, inspirado em uma história real.
Um grupo de detentos na penitenciária de Sing Sing, no estado de Nova York, realiza peças teatrais, no intuito de entrar em contato com os sentimentos.
Colman Domingo resplandece ternura e simpatia como Divine G, membro fundador e homem preso injustamente. Ao lado de colegas como Mike Mike (Sean San Jose), recebe um novo integrante, Divine Eye (Clarence Maclin). Juntos, decidem fazer uma comédia.
Em meio a ensaios e discussões, a perda ou distância de pessoas queridas mexe com o psicológico dos personagens e as batalhas individuais tomam conta. A arte serve como ferramenta de transformação e reconciliação.
Kwedar tem um olhar empático e atencioso, sem deixar escapar sensações importantes, e acerta ao escalar os próprios detentos para interpretarem a si mesmos.
NOTA: ★★★★☆
Publicado em VEJA São Paulo de 21 de fevereiro de 2025, edição nº 2932